Covid: mineiros vão receber vacina chinesa em fase de teste

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Instituto Butantan, um dos mais importantes centros de produção de vacina do mundo, coordena testes da vacina contra covid-19 em 9 mil voluntários. Foto - Instituto Butantan
Instituto Butantan, um dos mais importantes centros de produção de vacina do mundo, coordena testes da vacina contra covid-19 em 9 mil voluntários. Foto - Instituto Butantan

Minas Gerais é um dos cincos estados brasileiros, além do Distrito Federal, que vai realizar testes da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. A testagem será realizada em 12 centros de pesquisas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Brasília e Minas. Por aqui, o trabalho ficará a cargo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A Sinovac firmou um acordo com o governo de São Paulo e com o Instituto Butantam para realizar a fase 3 de testes de sua vacina, chamada CoronaVar, em 9 mil voluntários brasileiros. Para ajudar na tarefa, o governo paulista informou que selecionou 12 instituições desses cinco estados e do Distrito Federal.

A CoronaVar mostrou eficácia de 90% nos testes realizados nas fases 1 e 2, o que significa eficácia e segurança, e é considerada, juntamente com a vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, uma das mais promissoras do mundo. A expectativa é que os testes estejam concluídos entre outubro e novembro.

De acordo com o governo paulista, o acordo feito com o laboratório chinês prevê que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em todo o país. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos do mundo.

Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Também serão envolvidos no estado de São Paulo a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

De outros estados, além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio de seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos, participam a Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Tecnologia conhecida

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Sinovac utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deve ocorrer mais facilmente.

O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.

Agora, a farmacêutica fornecerá ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de confirmar sua eficácia e segurança.

Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes serão o registro do produto pela Anvisa e fornecimento da vacina em todo o Brasil.

“A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a Covid-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, afirma o diretor do Instituto Butantan e integrante do Centro de Contingência do coronavírus do estado, Dimas Tadeu Covas.

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Com assessoria de imprensa do governo de SP

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