A AstraZeneca, a farmacêutica responsável pela produção da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, estará pronta para entregar o imunizante a partir de outubro. A informação é do presidente da empresa, Pascal Soriot. Na sua última fase de testes, que está em desenvolvimento, 2 mil voluntários brasileiros vão receber a vacina a partir de julho.
“Se tudo correr bem, teremos os resultados dos ensaios clínicos em agosto/setembro. Estamos fabricando em paralelo. Estaremos prontos para entregar a partir de outubro”, disse Soriot. A vacina em desenvolvimento na Universidade de Oxford é uma das mais adiantadas e uma das mais promissoras contra o coronavírus, o vírus que desde dezembro do ano passado vem assombrando o mundo.
Mesmo antes de confirmada a sua eficácia e segurança, a AstraZeneca já está fabricando a vacina, para que tão logo ela seja aprovada, o que é esperado para agosto ou setembro, existam doses suficientes para começar a imunização em alguns países a partir de outubro.
De acordo com o presidente da empresa, foram assinados contratos com França, Alemanha, Itália e Holanda para o fornecimento de até 400 milhões de doses da vacina à União Europeia. A meta da empresa é produzir 2 bilhões de doses da nova vacina.
Mas há também acordos com o Reino Unido, com os Estados Unidos e conversas com autoridades de saúde do Brasil para que a vacina também seja fabricada no país, que ficaria encarregado da distribuição para os demais países da América Latina.
A vacina que está em desenvolvimento na Universidade de Oxford é produzida a partir de um vírus (ChAdOx1), que é uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés. A esse imunizante foi adicionado material genético usado para produzir a proteína Spike do SARS-Cov-2 (que ele usa para invadir as células), induzindo a criação de anticorpos.
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