A adoção de animais que estão em abrigos públicos caiu bastante no período da quarentena. Uma das razões: os interessados estão com receio de sair de casa para conhecer os bichinhos. Mas a prefeitura municipal do Rio de Janeiro encontrou uma solução para o problema: criou no início de abril o Entrega Pet.
O programa tem como objetivo incentivar a adoção de animais e para que os interessados possam conhecer cães e gatos disponíveis para adoção, a Subsecretaria de Bem Estar Animal, a responsável pelos projetos, realiza vídeo-chamadas para mostrar os animais.
Os profissionais da prefeitura também conversam com os candidatos para ajudar a identificar o pet que mais se adapta ao perfil do candidato e também a encontrar um lar em que o bichinho possa se adaptar com mais facilidade.
Depois de tudo acertado e da escolha feita, o novo dono recebe em casa o seu novo animal de estimação. Mas existem critérios para a adoção, como explica o subsecretário do Bem-Estar Animal do Rio, Roberto de Paula.
“Você precisa ser maior de idade, enviar identidade, CPF e comprovante de residência. A partir daí, alguém vai ligar para você por vídeo-chamada e vocês vão conversar sobre as características do seu lar e sobre as características dos nossos animais para formar uma grande família”, explica o subsecretário.
Sucesso
O Entrega Pet já é considerado um sucesso. Em pouco mais de um mês, já foram adotados 51 animais, o que representa um aumento de 50% em comparação com a média de adoção mensal na cidade. Em janeiro, a prefeitura registrou 31 adoções. Em fevereiro, o número caiu para 28. Mas em março, com o início do período de isolamento social para conter o coronavírus, não foi registrada nenhuma adoção.
A queda no número de adoções de cães e gatos em abrigos públicos provavelmente está acontecendo também em outras capitais e grandes cidades. O Entrega Pet é uma boa ideia, pode e deve ser copiado.
Relacionadas
Felipe, o homem das casinhas azuis para cães abandonados
Padre leva cachorro de rua para igreja e estimula adoção