“Todo Mundo Cabe no Mundo”, bloco mais inclusivo de BH

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Bateria inclusiva do bloco "Todo Mundo Cabe no Mundo", que faz seu desfile domingo (23-02),, em BH. Fotos - Facebook

Entre as centenas de blocos de Carnaval que estão animando Belo Horizonte nos últimos dias, o Boas Novas decidiu destacar um que, provavelmente, é o mais inclusivo dessa festa popular na capital mineira: “Todo Mundo Cabe no Mundo”, que faz seu desfile hoje, domingo (23-02), a partir das 9 horas, com concentração na rua Piaui, 647.

O bloco é filho de uma iniciativa do artista plástico Marcelo Xavier que, em 2012, decidiu reunir um grupo de pessoas interessadas em tornar o mundo um local mais aberto para o diferente e as diferenças. O grupo, na ocasião, foi batizado de “Preconceito Zero – Todo Mundo Cabe no Mundo”.

O primeiro evento aconteceu em agosto de 2012, na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Efigênia, uma movimentação artística espontânea, que decidiu adotar como símbolo uma sombrinha. Cada uma deveria ser enfeitada ao gosto do freguês.

O artista Marcelo Xavier, idealizador do bloco "Todo Mundo Cabe no Mundo". Fotos-Facebook/Instagram
O artista Marcelo Xavier, idealizador do bloco “Todo Mundo Cabe no Mundo”

Quatro anos depois, em 2016, a iniciativa passou por uma metamorfose e se transformou em bloco de Carnaval, que está aberto, segundo seus organizadores, para todos que quiserem participar de uma sociedade mais inclusiva. O pai da ideia, o artista Marcelo Xavier, explica, na página do bloco no Facebook, o pretende o grupo:

  • “Conhecemos muito bem o grande inimigo do ideal de inclusão social: o preconceito. Sabemos, também, da força de armas como a arte, o folclore, a alegria, o compartilhamento no combate a esse inimigo. O nosso carnaval tem essas armas e é com elas que botamos o nosso bloco na rua: “Todo mundo cabe no mundo” – pela paz, pela diversidade, pela liberdade.”

O bloco também celebra o fato de Belo Horizonte ter optado pelo Carnaval de rua, onde todos os cidadãos possam sentir-se convidados e estimulados a participar. “Festa popular sem a inclusão absoluta de todos, que condene parte da população, seja ela qual for, a meros espectadores, é um contrassenso”, assinala Marcelo Xavier.

Então, preparem as fantasias (vale também sem fantasia), a disposição e a animação e partam todos para o “Todo Mundo Cabe no Mundo”. Cabem todos mesmo, sem exceção.

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