Lei proíbe uso de copo e talher de plástico em São Paulo

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Câmara Municipal de São Paulo aprova lei que proíbe uso de utensílios de plásticos em vares, restaurantes, hotéis e padarias da capital.
Câmara Municipal de São Paulo aprova lei que proíbe uso de utensílios de plásticos em vares, restaurantes, hotéis e padarias da capital.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou lei que proíbe o fornecimento de copos, pratos, talheres e outros utensílios de plástico descartável em bares, restaurantes, padarias e hotéis da capital. Fica também proibido o uso desses materiais em refeições em food trucks, bem como as que são pedidas por aplicativos.

Caso seja sancionada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), a lei, de autoria do vereador Xexeu Tripoli (PV), entrará em vigor somente em 1º de janeiro de 2021, para que, até lá, os estabelecimentos comerciais possam acabar com os atuais estoques de descartáveis e começar a oferecer embalagens de materiais biodegradáveis, por exemplo.

A partir da entrada em vigor, quem desobedecer a lei poderá ser multado e até mesmo ter o estabelecimento fechado. “Todos nós temos que mudar a nossa conduta. No caso dos canudos de plástico [que já são proibidos na capital paulista], a população já está fiscalizando e entendendo que o plástico é um problema que volta pra ela mesmo”, afirmou Xexeu Tripoli.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel) diz que a medida não vai onerar muito os estabelecimento e apoia a proposta do vereador Xexeu. “A lei dá um prazo maior do que um ano para que os bares consumam seus estoques de descartáveis de plástico e que a indústria crie novos produtos alternativos para serem oferecidos aos clientes”, afirmou Persival Maricato, presidente da Abrasel.

Grande gerador de resíduo plástico

O Brasil, segundo dados do Banco Mundial, é o quarto maior gerador de resíduo plástico do planeta (11,3 milhões de toneladas por ano), atrás dos Estados Unidos (70,8), China (54,7) e Índia (19,3). Apesar de uma boa coleta do lixo plástico (91% é coletado), apenas 1,2% de todo o resíduo plástico no Brasil é efetivamente reciclado e reintroduzido na cadeia como um novo produto.

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