Uma horta comunitária pode ter muito mais valor do que simplesmente fornecer alimentos. São pequenas porções de terra, mas de muito significado para uma comunidade, pois funcionam como integração e ação terapêutica. E, claro, proporcionam mudanças nos hábitos alimentares.
Esses são os principais objetivos da implantação de hortas comunitárias nas unidades básicas de saúde de Belo Horizonte.
O Centro de Saúde Alcides Lins, na região Nordeste da capital, está aproveitando um pequeno espaço ocioso para promover o cultivo de hortaliças e plantas medicinais.
A iniciativa foi da direção e dos funcionários da unidade, mas já ganhou a simpatia e entusiasmo dos integrantes dos grupos de Nutrição e Diabetes, que participaram de uma oficina de plantio em espaços alternativos.
A comunidade aprendeu sobre a importância de se manter uma alimentação saudável e técnicas que devem ser aplicadas para o plantio em espaços alternativos, como pneus, garrafas pets, caixotes, tubos de PVC, e em espaços reduzidos.
O trabalho no centro de saúde reúne cerca de 15 pacientes, que recebem ainda acompanhamento para promoção da saúde e controle do peso. A ideia de incentivar a implementação de hortas, mesmo em pequenos espaços, também é pauta nos encontros do grupo.
“Trabalhar a terra é algo bastante prazeroso e traz inúmeros benefícios, como a redução dos níveis de ansiedade, estresse”, diz Valdênia Nepomuceno, nutricionista do centro de saúde.
Experiência de dois anos
O Centro de Saúde Cachoeirinha mantêm há quase dois anos hortas comunitárias. Nessa unidade, todos os espaços ociosos foram preenchidos com plantações.
A horta do Cachoeirinha ocupa uma área de aproximadamente 60 metros quadrados, com o cultivo de vários itens, como como tomate, beterraba, alface, rúcula, cebolinha, salsa, jiló, cenoura, repolho, espinafre, quiabo, almeirão e acelga. Além dessas hortaliças, há árvores frutíferas como jabuticaba, amora, acerola, cereja, banana, goiaba, grumixama, maracujá, figo, entre outras. As plantas medicinais também integram a produção.