Produtos de segunda mão reduzem emissão de gás carbônico

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Produtos de segunda mão reduzem poluição

Produtos de segunda mão costumam atrair muita gente para brechós, bazares e o comércio em redes sociais. Vale para roupas, celulares, móveis e outros itens. Há inúmeras vantagens em comprar produtos seminovos, além dos preços mais baixos.

O Instituto Akatu publicou um artigo que retrata a importância desse prática, tão comum no Brasil e que precisa ser mais valorizada. O texto segue abaixo:

Produtos de segunda mão geram impacto positivo

Estamos vivendo um momento em que é preciso repensar o nosso consumo e mudar hábitos, para que seja possível viver em um mundo mais sustentável, onde teremos o suficiente para todos e para sempre.

Nesse sentido, o mercado de compra e de venda de bens seminovos surge como uma opção que impacta de forma positiva o planeta, uma vez que contribui para a extensão da vida útil de um item, economizando recursos naturais na produção de um novo.

Foi nesse contexto que surgiu o relatório Second Hand Effect, que aborda um cálculo sobre o impacto positivo do mercado de produtos de segunda mão no que concerne a emissão de gases de efeito estufa.

O relatório aborda a questão do consumo consciente no sentido de que já não podemos consumir do mesmo jeito e com a mesma intensidade, pois isso contribui significativamente para a emissão dos gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global e das mudanças climáticas.

O diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, escreveu o artigo introdutório no relatório ressaltando a importância da reflexão sobre o atual modo de consumo, onde produtos são descartados muito antes do final de sua vida útil.

Hoje, já consumimos 60% mais recursos naturais do que a Terra é capaz de regenerar. Ao crescer o grupo de consumidores, serão necessários cerca de 3 planetas para atender a esse consumo.

Nesse sentido, precisamos de uma mudança significativa no modelo de consumo visando atender o bem-estar da humanidade com um terço dos recursos naturais que hoje seriam necessários.

O relatório foi encomendado pela OLX, plataforma digital de compra e venda de produtos usados e serviços. Segundo o estudo, o comércio de produtos usados na sua plataforma, no Brasil, evitou a emissão de 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico, o equivalente às emissões anuais de 1,2 milhão de carros — considerando que a compra de um usado substituiu a compra de um produto novo.

“O consumidor deve perceber que não precisa de um produto novo, mas sim de um produto que lhe dê o bem-estar que está buscando, sem necessitar das últimas funcionalidades, da última moda, do produto da publicidade mais recente”, explica Helio Mattar no artigo.

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