Decisões governamentais nem sempre são fáceis de serem tomadas. Mas algumas delas precisam entrar na agenda, com o objetivo de melhorar a vida no futuro. A Nova Zelândia fez isso: pensando num futuro de carbono neutro, o país baniu a exploração de petróleo.
A decisão vale para novas concessões e engloba exploração de petróleo e gás na sua costa. Dessa forma, as licenças já existentes continuam valendo, mas não serão renovadas. Assim, as empresas terão tempo para se ajustarem e trabalharem com as comunidades no momento em que chegarem ao fim.
Hoje, existem 22 concessões de exploração, que atuam em uma área de 100 mil quilômetros quadrados na costa neozelandesa.
A decisão foi anunciada pela primeira-ministra Jacinda Arden. Ela justificou a decisão desta forma, em entrevista ao jornal inglês The Guardian: “O plano é fazer a transição para um futuro de carbono neutro, com 30 anos de antecedência. Do contrário, corremos o risco de agir tarde demais e causar choques abruptos nas comunidades e em nosso país”.
O Greenpeace comemorou e disse que a proibição significa uma “grande vitória para o clima” e reforça o poder das pessoas. A ONG havia encaminhado para a primeira-ministra uma petição com 50 mil assinaturas.
“O anúncio é significativo internacionalmente também. Ao acabar com a exploração de petróleo e gás em nossas águas, a quarta maior zona econômica exclusiva do planeta está fora dos limites para a exploração de novos combustíveis fósseis. A Nova Zelândia enfrenta uma das indústrias mais poderosas do mundo”, disse Russel Norman, diretor-executivo do Greenpeace no país da Oceania.
Meta é ter carbono neutro até 2050
A decisão veio acompanhada de um plano voltado para energias alternativas. O governo vai investir US$ 20 milhões em pesquisas e iniciativas de baixa emissão de gases do efeito estufa. A ideia é não deixar rastro de carbono para o planeta.
O atual governo da Nova Zelândia se propôs a implantar um programa em que toda a geração de energia seja a partir de fontes renováveis até 2035. E a proposta de carbono neutro deve estar totalmente completa em 2050.
[…] transparente e diplomática. Por exemplo, tenho participado anualmente das negociações para contenção das emissõesdesde 1992. Às vezes é chato, pesado, não anda muito rápido, mas, se queremos soluções […]