Anvisa muda regras e facilita importação de vacinas

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Anvisa flexibiliza regras que podem facilitar importação de vacinas contra Covid-19. Foto - Agência Brasil
Anvisa flexibiliza regras que podem facilitar importação de vacinas contra Covid-19. Foto - Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou mudanças nas regras para conceder autorização de uso emergencial para vacinas contra a Covid-19, o que vai facilitar a importação de imunizantes que não foram testados no país, como é o caso da russa Sputinik V e da americana Moderna.

Anteriormente, para autorizar o uso emergencial de algum imunizante no país, era necessário que ele tivesse passado por testes em voluntários brasileiros. Agora, a Anvisa admite considerar estudos clínicos desenvolvidos em outros países.

No caso da Sputinik V, conforme dados divulgados pela revista científica The Lancet, uma das mais importantes do mundo, nos testes realizados com cerca de 20 mil voluntários, ela apresentou eficácia de 91,6%. Por conta desses resultados, ele já foi aprovada em 16 países, inclusive na Argentina, onde está sendo usada, e também no Paraguai.

A vacina russa é a que tem mais probabilidade de ser usada no curto prazo em território brasileiro. O laboratório União Química diz que tem capacidade para produzir 8 milhões de doses do imunizante por mês, mas não descarta a possibilidade de ampliar sua capacidade de produção.

Outro dado importante: a União Química já começou a fabricar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria prima para a produção das vacinas. O Instituto Butantan e a Fiocruz, que vão fabricar no Brasil as vacinas Coronavac e de Oxford, não iniciaram ainda a produção porque não receberam o IFA da China.

30 milhões de doses

Após o anúncio feito pela Anvisa de que vai simplificar o processo para a concessão de uso emergencial de vacinas contra a Covid, Ministério da Saúde anunciou que está negociando a compra de 30 milhões de doses das vacinas Sputinik V e da indiana Covaxin. Ainda não há dados sobre eficácia dessa segunda vacina, mas já está sendo usada em caráter emergencial na Índia.

A decisão da Anvisa abre também a possibilidade de ser incorporada ao programa Nacional de Imunização (PNI) a vacina do laboratório americano Moderna. Ela tem eficácia comprovada de 94%, mas custa o dobro das principais concorrentes e precisa ser armazenada em temperaturas muito baixas, próximas de menos 20 graus.

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