Tenho ouvido muita gente reclamar que deixou de acompanhar o noticiário. Que hoje em dia só se fala de um único assunto. Que jornalismo tornou-se monotemático. Samba de uma nota só.
Concordo. Só que em parte. Mas deixa pra lá. Não vamos travar uma batalha aqui por causa disso. Você é de paz que eu sei. Melhor deixar cada um com seu cada qual. E como eu não quero me perder de você vou enriquecer o seu papo em mesa de boteco com uma informação em primeira mão. Li que finalmente descobriram qual foi a fonte de inspiração do estilista Christian Louboutin ao criar os seus famosos e caríssimos sapatos de solas vermelhas.
Ihhh! Melhor, não. Talvez esses assuntos mundanos não sejam exatamente a sua praia. Aí é que você vai sumir mesmo.
Por falar em sumir, nos últimos tempos andei desaparecida do mundo das novelas. Por que? Ah, por uma série de motivos. Só que nessa semana vi um post que praticamente me obrigou a assistir a um dos capítulos de Renascer. A postagem dizia que Jardim da Fantasia está na trilha sonora. Aleluia! Finalmente descobriram Paulinho Pedra Azul. Antes tarde do que nunca.
Sou super fã. Paulinho mora no meu coração e não é de hoje. Sei de cor a maioria das canções. Fui a inúmeros shows e tenho vários discos, um deles autografado. Uma verdadeira relíquia. Como consegui? Diria que foi um golpe de sorte. Em um show no Teatro Francisco Nunes Paulinho jogou um LP para os fãs que se amontoavam na platéia. Não me movi. Como fã número um, eu já tinha o disco. E num é que o danadinho mirou num ponto qualquer e a preciosidade caiu diretinho no meu colo? Uma surpresa e tanto.
Não sou exatamente a pessoa mais sortuda do mundo. Nunca ganhei uma rifa. E pra você ter ideia, raramente acerto mais que dois números na mega sena. E não venha me dizer que aquele que não tem sorte no jogo costuma ter sorte no amor. Garanto que esse não é o meu caso. E não é de hoje. Epaaa! Eu e a minha língua solta. Quase ia contando do meu baile de debutante. Já ouviu falar em dedo podre? Pois, então! Ihhh! Melhor abafar o caso. Vai que o personagem em questão faz parte do meu seleto grupo de leitores. Imagine o tamanho do quiprocó. Desde esse episódio lá se vão algumas décadas. E nesse tempo muita água passou por debaixo da ponte.
Ah, sobre os sapatos de solado vermelho, fiquei sabendo que Laboutien se inspirou nos saltos manchados de sangue usados por Filipe d’Orléans. É que durante o carnaval de 1662 Filipe foi se divertir perto do Cemitério dos Inocentes, na época, um dos bairros mais animados e libertinos de Paris. O problema é que o bairro também abrigava um grande açougue que deixava sangue espalhado por toda parte devido ao abate de gado e aves.
No dia seguinte, quando Filipe retornou a Versailles, seus sapatos de salto estavam todos manchados de sangue, o que levou a corte a acreditar que ele havia criado uma nova moda excêntrica
E, a partir daquele momento, os cortesãos adotaram o uso de sapatos de salto vermelhos, moda que durou por mais de um século.
Você deve estar aí se perguntando (ou não) o por que de todos se espelharem no irmão mais novo de Luís XIV. E que Filipe era conhecido por se vestir de maneira extravagante. Foi, inclusive, o responsável pela popularização do uso de perucas e gravatas na corte.
Espero ter contribuído para o seu universo de cultura inútil. Agora, se me dão licença, tenho que voltar ao mundo real. Fique bem.
adorei essa história!
Obrigada, Sosó!
Quantas informações interessantes! Adorei a história real! Paris, sempre Paris!