O Brasil acaba de bater o recorde de produção de energia solar e passou a integrar um grupo de 15 países do mundo que mais produz esse tipo de energia limpa. O país chegou aos 10 mil megawatts, que representam 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, que é a segunda maior do mundo.
A notícia ainda melhor é que o potencial de crescimento dessa energia no país, que não polui, é extremamente grande, especialmente no Nordeste, onde o sol brilha, e com intensidade, quase o ano todo. Hoje, a energia solar representa 1,9% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,6% até o fim de 2021.
“Somos um exemplo para o mundo e estamos trabalhando para elevar esse percentual e diversificar ainda mais as nossas fontes de energia limpa”, explica o secretário-adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Domingos Romeu Andreatta.
Nos próximos dez anos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, somente na geração de energia solar são esperados investimentos de mais de R$ 100 bilhões. Esse valor representa 28% de todo o investimento no setor elétrico nesse período.
Para ampliar os projetos de energia solar no país, o governo federal oferece alguns incentivos, como a eliminação de impostos de importação para equipamentos de energia solar. Isso tem permitido o aumento da competitividade da fonte solar no Brasil.
Redenção do Norte de Minas
Assim como o Nordeste, o Norte de Minas, uma das regiões mais carentes do Estado, tem se revelado um excelente local para a produção de energia que vem do sol. Lá, como no Nordeste brasileiro, o sol também brilha o ano todo.
Um total de 120 estações, algumas delas de grande porte, começarão a ser construídas até 2022. A expectativa é que, nos próximos três anos, estejam sendo gerados no Norte mineiro mais de 6 gigawatts. Nada mal para uma região onde é grande o desemprego, faltam investimentos e o Estado está quase sempre ausente.
Em todo o Brasil, de acordo com o Ministério das Minas e Energia, nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada, que é gerada por grandes usinas como hidrelétricas e termelétricas, foi de 200%. Já o crescimento da energia solar distribuída, que é gerada no local de consumo ou próximo a ele, passou de 2.000%.
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