COVID: China quer trazer vacina de dose única para Brasil

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Laboratório chinês Cansino quer vender sua vacina de dose única contra a Covid ao Brasil. Foto - Cansino
Laboratório chinês Cansino quer vender sua vacina de dose única contra a Covid ao Brasil. Foto - Cansino

O laboratório chinês CanSino Biologics quer vender para o Brasil a sua vacina de dose única contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que recebeu o pedido para uso emergencial do imunizante. O pedido, que deu entrada na agência na terça-feira à noite, deverá ser analisado em até 7 dias.

Até então, a única vacina de dose única contra a Covid disponível no mercado era da americana Johnson & Johnson, que foi testada em voluntários brasileiros. De acordo com o laboratório chinês, a eficácia de seu imunizante é de 65%, em média, e chega a 90,07% para os casos graves da doença, em um prazo de até 28 dias da aplicação da dose.

Se esse imunizante for aprovado, será uma vitória para o Brasil. Isso porque o país não tem conseguido o número suficiente de doses de vacinas para imunizar com mais agilidade da população brasileira. O Programa Nacional de Imunização, considerado um dos mais eficientes do mundo, tem capacidade para vacinar até 2 milhões de pessoas por dia. Mas está longe de atingir esse número, simplesmente porque faltam vacinas.

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, usou sua conta no Twitter (reprodução abaixo) para comentar o pedido. “A vacina Cansino, eficaz com só uma dose, está sendo aplicada na China. O laboratório chinês Cansino já entrou em contato com Min. da Saúde e apresentou o pedido à Anvisa para autorização de uso emergencial no Brasil. A China está comprometida em continuar e ampliar a parceria de vacinas com o Brasil”, informou.

Vacina de dose única

Caso tenha autorização para uso emergencial, será a segunda vacina chinesa contra a Covid em uso no país. Atualmente, o Brasil está vacinando a população com a chinesa Coronavac, fabricada no país pelo Instituto Butantan. Ela responde por cerca de 85% das vacinas aplicadas no país. Além dela, estão sendo usadas as vacinas de Oxford/AstraZeneca, fabricada pelo Instituto Fiocruz, e da Pfizer/BioNTech.

De acordo com a Anvisa, técnicos da agencia já haviam se reunido por duas vezes, no mês de março, com representantes do laboratório chinês. O imunizante foi testado em voluntários no Paquistão, na Rússia, no Chile, na Argentina e no México.

Não há, por enquanto, manifestação do Ministério da Saúde sobre o interesse em adquirir esse imunizante, bem como sobre a quantidade, caso decida pela compra. Ainda assim, sendo aprovado pela Anvisa, será mais uma alternativa para o país, que precisa urgentemente de qualquer vacina que ajude na superação dessa grave crise sanitária, que já matou mais de 430 mil pessoas.

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