Fiocruz vai produzir em larga escala vacina contra a Covid

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Meta da Fiocruz é acelerar produção da vacina de Oxford. Fotos - Fiocruz
Meta da Fiocruz é acelerar produção da vacina de Oxford. Fotos - Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela fabricação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, vai acelerar a produção. Com a aprovação das fases de estabilidade e consistência, a fundação terá, a partir de agora, condições de produzir o imunizante em larga escala.

A previsão é que sejam entregues ainda neste mês de março ao Ministério da Saúde um lote com 3,8 milhões de doses. Mas já no próximo mês de abril ficarão prontas mais 30 milhões de doses. A Fiocruz espera conseguir cumprir o compromisso de entregar até meados do ano um total de 100 milhões de doses.

Essa quantia será suficiente para imunizar 50 milhões de pessoas, uma vez que há exigência da aplicação de duas doses por pessoa. Há também uma expectativa de que até meados do ano o Instituto Butantan, que está produzindo a Coronavac, também consiga produzir outros 100 milhões de doses, suficientes para a imunização de mais 50 milhões de pessoas.

Produção acelerada

A Fiocruz informa que, de imediato, vai conseguir produzir entre 600 mil e 700 mil doses da vacina diariamente. Mas a meta é chegar, em breve, a produzir 1,2 milhão de doses por dia, durante 7 dias da semana. Caso essa meta seja atingida, serão produzidas, por mês, 36 milhões de doses.

A vacina, segundo especialistas, é a única alternativa segura para tirar o Brasil e os demais países da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que só no Brasil já matou quase 270 mil pessoas . Mais importante, até, é o fato de ela conseguir reduzir drasticamente os casos graves da doença e as mortes.

Até meados do ano, Fiocruz promete produzir 100 milhões de doses da vacina contra a Covid.
Até meados do ano, Fiocruz promete produzir 100 milhões de doses de vacina contra Covid

Daí a importância do anúncio feito pela Fiocruz de que vai acelerar a produção da vacina de Oxford. Como o programa de imunização do Brasil é um dos mais eficientes do mundo, a vacinação contra a Covid, que ainda acontece num ritmo muito lento, ganhará velocidade se houver mais vacinas disponíveis. De acordo com os especialistas, o país é capaz de vacinar até 2 milhões de pessoas por dia.

Novas vacinas

A noticia de que a Fiocruz vai apressar o processo de fabricação, e que o Butantan deverá seguir o mesmo caminho, é excelentes. Ainda assim, as 200 milhões de doses que, juntos, eles prometem produzir até o meio do ano, serão insuficientes para as necessidades do país. Essa quantidade dá para vacinar 100 milhões de pessoas, o que é menos da metade da nossa população.

Conforme especialistas, para um resultado mais eficiente, o Brasil terá que conseguir vacinar pelo menos 70% da população, algo como 150 milhões de pessoas. Daí ser fundamental que o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, consiga comprar outras vacinas, como a da Pfizer/BioNTech, a única que tem registro definitivo na Anvisa, a russa Sputnik V, a da Jonhson & Jonhson (a única que exige apenas uma dose).

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