O governo federal vai entregar aos brasileiros, até julho, 230 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Foi o que prometeu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante reunião com governadores de Estado.
O país poderá vacinar, com essas doses, 115 milhões de brasileiros. Os governadores pediram a reunião com o ministro para cobrar um cronograma de entregas de vacinas de forma mais ágil. Isso porque o programa nacional de imunização caminha ainda de forma muito lenta.
O governo federal, conforme informou o ministro, vai distribuir aos Estados, ainda em fevereiro, mais 11,3 milhões de doses de vacinas.
Dessa quantia, 2 milhões de doses serão da vacina Oxford/AstraZeneca importadas da Índia. A previsão é que elas cheguem ao Brasil na próxima quinta-feira.
O Instituto Butantan, que está fabricando a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, vai fornecer as 9,3 milhões de doses restantes.
Vacinação acelerada
Mas o ministro Pazuello anunciou também que o programa de imunização vai ser acelerado a partir de março. Neste mês, o país terá mais 46 milhões de doses de vacinas – também do imunizante de Oxford e da chinesa Coronavac.
O Ministério da Saúde, conforme informou o ministro, espera também para março mais 8,4 milhões de doses de outros dois imunizantes: a Sputnik V, desenvolvida pela Rússia, e a Covaxin, desenvolvida pela Índia.
Portanto, o país poderá ter em março cerca de 54 milhões de doses de vacinas, quantidade suficiente para vacinar 27 milhões de pessoas. Entretanto, o ministério precisa entregar nos meses de abril, maio, junho e julho uma média mensal de 43 milhões de doses para cumprir a promessa das 230 milhões de doses.
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Mas a quantidade de doses de vacinas contra a Covid-19 poderá aumentar se o governo conseguir fechar negócio com outros laboratórios. É o caso, por exemplo, da Pfizer, que testou sua vacina no Brasil, o que pode facilitar sua liberação para a Anvisa.
A empresa chegou a oferecer 70 milhões de doses de sua vacina ao Brasil. Ela tem eficácia de 95%.
O Brasil, conforme informações do Consórcio de Veículos de Imprensa, só conseguiu vacinar, por enquanto, 5,6 milhões de pessoas. Isso equivale a apenas 2,5% da população do país.