Com os anúncios recentes de eficácia de várias vacinas contra a Covid-19, como da Pfizer, Moderna e Oxford, o Brasil terá condições, muito provavelmente, de imunizar toda a sua população já no próximo ano, o que significa que a vida no país poderá começar a voltar ao normal.
De acordo com informações do vice-presidente de inovação da Fiocruz, Marcos Krieger, em entrevista ao Jornal Nacional, com a vacina da Universidade de Oxford serão vacinados, no primeiro semestre do próximo ano, 65 milhões de brasileiros. O medicamento, conforme divulgado pela universidade, tem eficácia que pode chegar a 90% (na média, 70%).
Já no segundo semestre, segundo Krieger, outros 65 milhões também serão imunizados, o que significa 130 milhões de brasileiros vacinados apenas com a vacina inglesa.
Pelo acordo assinado entre o governo brasileiro, Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é que vai produzir a vacina no Brasil. Conforme informações da Fundação, a produção do imunizante começará em janeiro e até março a expectativa é de que estejam prontas 30 milhões de doses.
Além da vacina inglesa, o Brasil terá também doses expressivas da Coronavac, a vacina do laboratório chinês Sinovac, que está sendo testada em mais de 13 mil voluntários brasileiros. Os resultados da última fase de testes serão divulgados na próxima semana, quando será conhecido o percentual de eficácia do imunizante.
As expectativas são muito otimistas e até o final de dezembro ou início de janeiro o Instituto Butantam deve produzir 40 milhões de doses da vacina, que vão se somar a outras 6 milhões de doses que o laboratório Sinovac vai enviar ao país também até dezembro. Essas 46 milhões de doses, que poderão começar a serem aplicadas no início de janeiro, serão suficientes para vacinar 23 milhões de brasileiros.
Vacina para 190 milhões
Mas pelo acordo entre a Sinovac e o governo de São Paulo, o Butantan deverá produzir, ainda no primeiro semestre do próximo ano, mais 74 milhões de doses da Coronavac, suficientes para vacinar 37 milhões de pessoas. Somadas, as doses do imunizante chinês serão aplicadas em 60 milhões de brasileiros.
Considerando as 130 milhões de pessoas que poderão ser vacinadas com o imunizante de Oxford, conforme informação do vice-presidente da Fiocruz, e as 60 milhões de pessoas vacinadas com a Coronavac, teríamos 190 milhões de brasileiros imunizados. O país tem uma população de cerca de 210 milhões de pessoas, mas nem todas precisarão ser vacinadas.
E há também a possibilidade de que o Brasil compre vacinas da Pfizer, que também realizou testes em voluntários brasileiros, da americana Moderna e até da Rússia, a Spunitk 5, que têm eficácia, segundo os fabricantes, superior a 90%.
Quanto mais imunizantes, sejam de qualquer laboratório, desde que aprovados pela Anvisa, maiores as chances de que um maior número de brasileiros sejam vacinados no primeiro semestre do próximo ano.
O Ministério da Saúde já definiu que, primeiro, serão vacinados os profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco (idosos e pessoas com doenças preexistentes, como diabetes e hipertensão, por exemplo).
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