Num tempo considerado recorde pelos especialistas, várias vacinas contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, deverão estar aprovadas até o final do ano. Entre elas estão a da Universidade de Oxford, duas desenvolvidas pelos laboratórios chineses Sinovac e Sinopharm, outra do laboratório americano Moderna e uma quinta dos laboratórios Pfizer/BioNtech.
Dessas cinco, três estão sendo testadas em voluntários brasileiros. A da Universidade de Oxford, que já foi aplicada em mais de 7 mil pessoas, a Coronavac, da chinesa Sinovac, testada em cerca de 13 mil pessoas, e a da Pfizer, aplicada em mais de 2 mil voluntários.
As fabricantes vão entrar com um pedido de uso emergencial dessas vacinas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No caso das chinesas, elas já estão sendo usadas em caráter de emergência no país asiático e foram aplicadas em milhares de pessoas. De acordo com autoridades de saúde da Chinas, não foi registrado nenhum efeito colateral grave.
A Sinopharm informou recentemente que está concluindo os testes da fase 3, tendo o imunizante sido testado em mais de 50 mil pessoas em vários países. De acordo com comunicado da empresa, os resultados verificados até agora são melhores do que o esperado.
Moderna e Pfizer também entrarão com pedido de uso emergencial de seus imunizantes nos Estados Unidos. Dr. Anthony Fauci, o médico conselheiro da Casa Branca no combate à Covid-19 e um dos infectologistas mais respeitados do país, acredita que algumas pessoas vão receber ainda este ano a vacina da Pfizder.
“Se tudo correr bem, podemos conseguir doses para dar às pessoas no final de novembro, início de dezembro, provavelmente em dezembro”, disse o infectologista ao canal de TV CNN.
Vacinação em dezembro
O governo brasileiro já negocia com a Pfizer a compra da vacina e o presidente da empresa no Brasil, Carlos Murillo, disse que doses da vacina poderão estar disponíveis para os brasileiros no primeiro semestre do próximo ano.
No Brasil, há chances de que algumas pessoas também recebam vacinas contra a Covid-19 ainda este ano. O país vai receber aproximadamente 40 milhões da Coronavac até dezembro e mais 30 milhões do imunizantes de Oxford. Se até lá as duas estiverem aprovadas pela Anvisa, há possibilidade de que profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco possam ser vacinadas ainda em dezembro.
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