País com o maior número de vacinas contra a Covid-19 na fase final de testes, a China já vacinou, em caráter emergencial, milhares de pessoas contra a doença. Dos imunizantes que estão sendo desenvolvidos pelos chineses, três estão sendo aplicados em parcela da população, inclusive a Coronavac, que está sendo testada em voluntários brasileiros.
Somente uma das vacinas, desenvolvida pela China National Biotec Group Co., foi aplicada em 350 mil pessoas e não houve, conforme autoridades de saúde do país, nenhuma reação adversa severa (somente febre leve a alguma erupção na pele).
Esse imunizante já havia sido testado em 40 mil chineses, que também não apresentavam efeitos colaterais graves. A empresa decidiu oferecer a vacina para chineses que vão estudar no exterior e 165 mil pessoas se inscreveram para serem vacinadas.
O uso emergencial das vacinas havia sido autorizado por autoridades de saúde da China em julho, inicialmente para trabalhadores de serviços essenciais e com alto risco de exposição ao vírus, como profissionais de saúde e agentes de fronteiras.
Posteriormente, houve autorização para que as vacinas fossem disponibilizadas para funcionários de empresas estatais e membros do Exército, e em algumas regiões, a qualquer pessoa. A Sinovac, que desenvolve a Coronavac, abriu cadastro em duas cidades chinesas para moradores interessados em tomar a vacina em testes.
Acesso por 60 dólares
Na cidade chinesa de Jiaxing, que tem mais de 4 milhões de habitantes, moradores podem ter acesso à vacina Coronavac por um preço de 60 dólares (cerca de R$ 350). Para receber o imunizante, entretanto, a pessoa precisa ter entre 18 e 59 anos e também só vale para “situações urgentes”, como uma possível viagem ao exterior, por exemplo.
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Para as autoridades chinesas, a oferta de vacinas ainda em testes clínicos se justifica pelo risco do retorno da covid-19 ao país, especialmente por meio de viajantes, e também pela segurança demonstrada pelos imunizantes em estudo.
Por questões de segurança, os chineses que estão recebendo a vacina em caráter emergencial são monitorados constantemente para relatar qualquer reação adversa, conforme informou o diretor de desenvolvimento da vacina contra o coronavírus na Comissão Nacional de Saúde da China, Zheng Zhongwei.
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