A Universidade de Oxford, que desenvolve uma vacina contra a Covid-19 em parceria com o laboratório AstraZeneca, anunciou que vai retomar os testes com o imunizante. As testagens haviam sido suspensas depois que uma voluntária vacinada na Inglaterra apresentou reações mais severas.
A retomada dos testes foi autorizada por um comitê independente. Segundo a universidade, nessa última fase, em que a vacina é aplicada num grande número de pessoas, 18 mil pessoas, em todo o mundo, já foram vacinadas.
Aqui no Brasil, 5 mi voluntários receberam a vacina de Oxford e não foi detectada entre eles nenhuma reação considerada importante, conforme informações da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das instituições que coordena o trabalho. “Muitos já receberam a segunda dose e até o momento não houve registro de intercorrências graves de saúde”, afirmou a Unifesp em nota.
Apesar da parada técnica de alguns dias, a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca mantêm o cronograma e afirmam que a vacina deve ser aprovada para começar a ser aplicada em grande escala a partir de dezembro. Pelo acordo firmado entre o governo brasileiro, o laboratório e a universidade britânica, o Brasil vai receber até o final do ano 30 milhões de doses da vacina.
vacinação em dezembro
Mais 70 milhões de doses serão produzidas pela Fiocruz no primeiro semestre do próximo ano. As primeiras 30 milhões de doses serão suficientes para vacinar 15 milhões de brasileiros, uma vez que serão necessárias duas aplicações.
Mas até dezembro o país vai receber também 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo laboratório Sinovac e testada em 9 mil voluntários brasileiros (sem nenhuma reação adversa até o momento). Essa dosagem vai ser aplicada em 23 milhões de pessoas, já que serão também necessárias duas aplicações por pessoa.
O laboratório Sinovac fez um acordo com o Instituto Butantan, que vai produzir mais 74 milhões de doses da Coronavac no primeiro semestre do próximo ano.