O Instituto Butantan, que coordena os testes da vacina Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada em 9 mil voluntários brasileiros, espera ter os resultados dos testes concluídos até meados de outubro, quando poderá confirmar a eficácia e a segurança do imunizante.
“Havendo demonstração de eficácia, a vacina poderá ser registrada na Anvisa e, na sequência, disponibilizada ao Ministério da Saúde”, informou o presidente do Butantan, Dimas Covas. Na fase de testes que vem sendo realizada no Brasil, não foi verificada nenhuma reação severa entre os voluntários que foram vacinados.
Assim, o laboratório chinês e o Butantan trabalham com a perspectiva de que a vacina seja aprovada para começar a ser usada ainda este ano. Em dezembro, pelo acordo feito entre o laboratório Sinovac e o Butantan, o Brasil vai receber 46 milhões de doses da vacina.
Confirmada sua segurança e eficácia, começarão a ser vacinadas as pessoas do grupo de risco, como profissionais de saúde, segurança, pacientes com doenças crônicas e idosos. Como são necessárias duas doses dessa vacina, as primeiras 46 milhões de doses serão suficientes para vacinar 23 milhões de pessoas.
No total, o Butantan vai receber 120 milhões de doses da vacina Coronavac. Recebendo as 46 milhões de doses até dezembro, as outras 74 milhões de doses serão fabricadas pelo instituto brasileiro no primeiro semestre do próximo ano.
Mas o governo paulista, a quem o Butantan é ligado, está tentando levantar recursos junto à iniciativa privada para produzir mais 120 milhões de doses. Dos R$ 130 milhões necessários, conseguiu quase R$ 100 milhões.