Brasil começa vacinar todo mundo em janeiro, diz ministro

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O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou hoje, durante reunião ministerial, que a vacinação em massa contra a Covid-19 no Brasil vai começar em janeiro. “Em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo”, informou o ministro, acrescentando que o governo está fechando os contratos com os laboratórios fabricantes das vacinas.

Fora a vacina russa Sputnik 5, que foi registrada sem passar pela última fase de testes em humanos, nenhum outro imunizante contra o novo coronavírus foi aprovado no mundo. A vacina da Universidade de Oxford, que está sendo desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca, é considerada uma das mais promissoras. Ela está sendo testada em 5 mil voluntários brasileiros.

O governo brasileiro já assinou um acordo com a AstraZeneca e vai receber 100 milhões de doses da vacina. Cerca de 30 milhões devem ser entregues em dezembro e as outras 70 milhões de doses, que deverão ser fabricadas pela Fiocruz, estarão disponíveis até meados do próximo ano.

Embora o ministro tenha afirmado que vai vacinar “todo mundo”, as primeiras doses deverão ser usadas para imunizar as pessoas do chamado grupo de risco, que são os profissionais de saúde, segurança e pessoas com alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.

Butantan

Além da vacina de Oxford, em dezembro o país deverá receber também mais 45 milhões de doses da vacina da chinesa Sinovac, chamada Coronavac. Esse laboratório tem um acordo com o Instituto Butantan e vai receber 120 milhões de doses da vacina, que também está sendo testada em 9 mil voluntários brasileiros, com expectativa de que seja aprovada entre outubro e novembro.

O governo de São Paulo, que controla o Butantan, está tentando levantar, junto à iniciativa privada, R$ 130 milhões para dobrar a sua produção, ou seja, fabricar 240 milhões de doses. Até agora, já foram levantados cerca de R$ 100 milhões.

Estão também sendo testadas no Brasil as vacinas da gigante Johnson &
Johnson
e dos laboratórios BioNTech e Pfizer (o primeiro alemão e o segundo americano), que desenvolvem um imunizante em parceria. Se forem aprovadas, uma quantidade de doses das vacinas desses laboratórios poderão ser adquiridas pelo governo brasileiro.

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