Coronavac, vacina chinesa para covid, tem eficácia de 98%

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A vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, que está sendo testada em 9 mil voluntários brasileiros, é eficaz contra diferentes cepas do coronavírus, que provoca a covid-19. De acordo com o presidente do laboratório, Yin Weidong, após receber duas doses do imunizante, entre 97% e 98% dos voluntários desenvolveram anticorpos.

Ainda conforme o presidente da empresa, em entrevista a um canal de televisão chinês, os resultados dos testes mostraram que a vacina é eficiente contra, pelo menos, 20 cepas diferentes do SARS-CoV-2, provenientes da própria China, Estados Unidos e da Europa.

“Descobrimos que todos foram neutralizados. Ficamos muito otimistas, depois de ver que o tipo de soro do vírus da covid-19 não mudou. Nossa vacina pode neutralizar todas as cepas do vírus em nível global. Prevemos que terá um efeito protetor no mundo”, afirmou Yin Weidong.

O laboratório chinês escolheu o Brasil para a testagem em massa da vacina que vem desenvolvendo. Essa é a última etapa antes da aprovação do medicamento. O imunizante é aplicado num grande número de pessoas (no Brasil são 9 mil voluntários) exatamente para confirmar sua eficácia e segurança, como demonstraram as fases anteriores de testes em humanos.

De acordo com o presidente da Sinovac, a estimativa dos pesquisadores que estão à frente do desenvolvimento da Coronavac é que o efeito imunizador da vacina pode durar mais de dois anos, embora sejam ainda necessários mais testes para confirmar essa informação.

240 milhões de doses para o Brasil

Vacina da chinesa Sinovac começou a ser testada em 9 mil voluntários brasileiros. Foto - Sinovac - Divulgação
Vacina da chinesa Sinovac está sendo testada em 9 mil brasileiros. Foto – Sinovac – Divulgação

Aqui no Brasil, a empresa fez um acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo. Pelo entendimento, num primeiro momento o país vai receber 120 milhões de doses da vacina, que deve ser aprovada ainda este ano. A expectativa é que as primeiras doses comecem a ser aplicadas em parte do chamado grupo de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) ainda em dezembro.

O governo paulista, a quem o Butantan é ligado, está tentando levantar recursos na iniciativa privada, de R$ 130 milhões, para que o Butantan possa produzir mais 120 milhões de doses, elevando para 240 milhões de doses a quantidade do imunizante que estará disponível no país até 2021. Por enquanto, estão assegurados cerca de R$ 100 milhões.

A Sinovac acaba de construir uma nova fábrica na China, de 20 mil metros quadrados, erguida em apenas três meses, que terá capacidade para produzir até 300 milhões de doses por ano. O presidente da empresa assegura que haverá amplo acesso à vacina por outros países assim que forem concluídos os testes.

Erramos: ao contrário do que escrevemos anteriormente, o nome correto da vacina desenvolvida pela Sinovac é Coronavac, e não Sinovar, como escrito anteriormente

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