A Universidade de Oxford, que desenvolve uma vacina contra a Covid-19 que é considerada a mais promissora do mundo, vai anunciar nas próximas horas novidades positivas sobre o imunizante. É o que informa a imprensa inglesa. A vacina já está na fase 3 de testes, quando é aplicada num grande número de voluntários para avaliar sua segurança e eficácia, e deve ficar pronta até o final do ano.
“Em breve vai haver notícias positivas (talvez amanhã) nos testes iniciais da vacina de Oxford para Covid-19, que é licenciada pela AstraZeneca“, revelou o jornalista Robert Peston, analista da emissora ITV. Um grupo de 3 mil voluntários brasileiros vai receber a vacina na fase de testes, que começa ainda este mês.
A expectativa é que a vacina seja liberada para uso entre dezembro e janeiro. O governo brasileiro já firmou um acordo com a farmacêutica AstraZeneca, que desenvolve o medicamento juntamente com a Universidade de Oxford, e o Brasil terá 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro.
Essas doses devem ser usadas para imunizar profissionais de saúde, de segurança e pessoas do grupo de risco. Se a vacina, comprovadamente, apresentar bons resultados, a Fiocruz vai produzir mais 70 milhões de doses no primeiro semestre do próximo ano.
Velocidade recorde
O impacto que a pandemia do coronavírus provocou em todo o mundo, sobrecarregando os sistemas de saúde e deixando milhares de mortos, está fazendo com que governos, laboratórios e indústrias farmacêuticas realizem uma verdadeira corrida mundial para encontrar logo uma vacina contra o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.
A vacina, segundo os especialistas, é a única saída segura para que as pessoas voltem a ter uma vida normal. Graças aos bilhões de dólares disponíveis e os avanços da tecnologia, é bem possível, dizem os cientistas, que uma vacina contra a Covid-19 seja desenvolvida em tempo recorde.
Além da vacina da Universidade de Oxford, chamada, por enquanto, de
“ChAdOx1 nCoV-19”, outra bastante promissora, que também será testada no Brasil, é a que está sendo desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, chamada CoronaVar. Ela será testada em 9 mil voluntários brasileiros, inclusive de Minas Gerais, num trabalho que será coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais.
A chinesa fez um acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo, que será responsável pela coordenação geral da fase de testes no Brasil. Há também expectativa de que ela esteja disponível até o final do ano. Comprovada sua eficácia, segundo o Butantan, ela será distribuída aos brasileiros totalmente de graça, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).