Militares da China já vão receber vacina contra a Covid-19

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Governo chinês autoriza militares do país a receber uma vacina contra a Covid desenvolvida pelo laboratório CanSino Biologics. Imagem - redes sociais
Governo chinês autoriza militares do país a receber uma vacina contra a Covid desenvolvida pelo laboratório CanSino Biologics. Imagem - redes sociais

Os militares da China receberam autorização para usar uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela Academia de Ciências Militares (AMS) e pela CanSino Biologics. O medicamento ainda está na fase 3 de testes, quando é aplicado num grande número de pessoas, mas nas fases anteriores demonstrou que é seguro e eficaz e que tem potencial para prevenir doenças provocadas pelo coronavírus.

Não está claro se todos os militares do exército chineses, que tem, no total, um contingente de 2,3 milhões de pessoas, vai receber a vacina. Batizado de Ad5-nCoV, o imunizante que será aplicado nos militares é uma de oito candidatas a vacina chinesas contra a Covid-19 aprovadas para testes em humanos dentro e fora do país.

Conforme comunicado emitido hoje (29-06) pela CanSino, a Comissão Militar Central da China liberou o uso da vacina por parte dos militares pelo período de um ano. A empresa não esclareceu se o uso do imunizante será opcional ou obrigatório, alegando que esse é um segredo comercial.

“Atualmente, a Ad5-nCoV está limitada somente ao uso militar e não pode ser ampliado para uma campanha de vacinação mais ampla sem a aprovação do Departamento de Apoio Logístico”, explicou a CanSino.

O governo chinês decidiu também oferecer outras duas vacinas contra a Covid-19 que estão em desenvolvimento para servidores de estatais em viagem ao exterior.

Fase final de testes

Nenhuma vacina contra a Covid-19 foi aprovada para uso comercial, mas mais de dez entre as mais de 200 em desenvolvimento em vários países estão na última fase antes da aprovação, quando ela é aplicada num grande número de pessoas.

Duas dessas estão sendo testadas no Brasil. Uma é a da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca, considerada a mais promissora, e que será testada em 3 mil brasileiros. A expectativa é que a vacina esteja disponível em dezembro para ser aplicada em profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco.

O Brasil já assinou acordo com a AstraZeneca para produzir, na Fiocruz, 100 milhões de doses da vacina, sendo que 30 milhões serão entregues em dezembro.

A segunda vacina em testes no Brasil é da chinesa SinoVac Biotech, que será aplicada em 9 mil brasileiros a partir de julho. Há também acordo para que ela seja produzida no país pelo Instituto Butantam.

Com agência Reuters

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