O governo brasileiro já tem um acordo com a farmacêutica AstraZeneca e com a Universidade de Oxford para produzir a vacina contra a Covid-19 no país. O anúncio foi feito hoje (27-06) pelo Ministério da Saúde. Pelo entendimento, o Brasil terá, inicialmente, 30,4 milhões de doses, entre dezembro e janeiro, que serão usadas, prioritariamente, para atender grupos de risco.
“Vamos priorizar a vacinação de pessoas mais vulneráveis, profissionais de saúde e segurança pública“, informou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.
Embora ainda não seja possível afirmar que a vacina de Oxford será 100% segura, ela já está na fase 3 de testes, inclusive no Brasil, quando é aplicada em um grande número de pessoas. Se comprovada sua eficácia, pelo acordo, serão produzidas mais 70 milhões de doses, o que será feito pela Fiocruz.
Transferência de tecnologia
Pelo entendimento, o governo brasileiro vai receber também a transferência da tecnologia para a produção, em caso de eficácia. Como não há ainda certeza absoluta de que o medicamento vai funcionar, o Brasil está fazendo um contrato de risco, embora a vacina de Oxford seja considera, hoje, a mais promissora em desenvolvimento no mundo.
“O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido à urgência pela busca de solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para retomada do crescimento brasileiro”, explicou o secretário Elcio Franco.
Os custos da fase inicial, segundo o governo, são de U$ 127 milhões (R$ 695 milhões), incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo de produção pela Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões (R$ 165 milhões).
Na segunda fase, das 70 milhões de doses, o custo estimado é de US$ 2,30 por dose.
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