A vacina contra a Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech, que será testada e produzida no Brasil, chamada CoronaVac, tem eficácia de 90% contra a doença, conforme informou a direção da empresa em comunicado à imprensa no final de semana.
Os dados se referem aos resultados das duas primeiras fases de testes, realizadas na China . Ao todo, 743 pessoas com idades entre 18 e 59 anos participaram do processo. A CoronaVac se mostrou segura, criou anticorpos no sistema imunológico dos candidatos e não apresentou efeitos colaterais severos.
Há expectativa de que outras informações ainda possam ser divulgadas sobre os dois primeiros testes, uma vez que um segundo grupo também recebeu as doses de vacina cerca de 28 dias depois do primeiro.
A fase 3 de testes será realizada no Brasil, com 9 mil voluntários, e a produção ficará a cargo do Instituto Butantan, que é um dos quatro maiores produtores de vacina do mundo. Até dezembro os testes deverão ser concluídos e a expectativa é que a vacina esteja disponível para a população em junho de 2021.
A vacina CoronaVac da Sinovac é baseada na manipulação em laboratório de células humanas infectadas com o coronavírus. Ela, então, é produzida com fragmentos “desativados” do coronavírus para inoculação em humanos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da Covid-19.
Vacina de Oxford
Além da CoronaVac, a vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, também será testada em 2 mil voluntários brasileiros a partir de julho, juntamente com outros 8 mil pessoas em todo o mundo.
O responsável pela produção da vacina será o laboratório sueco-britânico AstraZeneca, que está negociando com autoridades brasileiras a produção do medicamento no país (ou pelo Instituto Butantan ou pela Fiocruz). Além de muito promissora, essa vacina, segundo o laboratório e a universidade, pode estar aprovada até agosto e começar a ser produzida em grande escala a partir de setembro.