A corrida em busca de uma vacina contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, continua acelerada e, segundo especialistas, quatro têm boas chances de serem produzidas até o final do ano. Embora a produção de uma vacina demande um tempo mais longo, os cientistas estão trabalhando não somente para acelerar o processo, como estudam formas seguras para adiantar algumas etapas, por conta da pandemia do novo vírus que assusta o mundo.
Moderna
Em estágio bem avançado está uma vacina em desenvolvimento pela empresa de biotecnologia americana Moderna. Ela usa uma nova tecnologia, chamada mRNA, que representa uma maneira totalmente nova de fornecer imunidade a doenças. No início de março, a empresa começou a fase de testes em humanos e os nove voluntários vacinados desenvolveram defesas contra a Covid-19 de forma segura.
O otimismo com o novo medicamento é tamanho que a empresa vai começar a produzir a vacina em julho, em parceria com a fabricante suíça Lonza, e a expectativa é produzir um bilhão de doses por ano. Otimista parece estar também o governo norte-americano, que está investindo US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) na vacina em desenvolvimento pela Moderna.
Oxford
Outra vacina que tem boa chance de ser produzida ainda este ano é a que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Ela já passou pela primeira fase de testes em humanos e estão sendo recrutados 10 mil voluntários para a nova fase, que vai incluir crianças e também idosos.
A universidade espera concluir os estudos clínicos em agosto e trabalha com a hipótese de que em setembro, se tudo ocorrer dentro do previsto, que ela já tenha autorização do governo para começar a fabricar a nova vacina já a partir de setembro.
China
Otimista está também a China. O país onde o coronavírus apareceu pela primeira vez, em dezembro do ano passado, na província de Wuhan, é outro que espera uma vacina contra a doença para o segundo semestre.
Lá, a vacina foi testada em 108 pessoas, divididas em três grupos, e gerou um aumento “significativo” de anticorpos contra o novo coronavírus após 14 de sua aplicação, conforme os pesquisadores, atingindo um pico após 28 dias.
O país está desenvolvendo outras vacinas contra a Covid-19 e duas outras também têm chances de serem aprovadas e começarem a ser produzidas aina este ano.
Jonhson & Johnson
A farmacêutica Jonhson & Johnson é outra empresa que está apostando que terá uma vacina contra a Covid-19 ainda este ano, para começar a ser distribuída em janeiro de 2021.
De acordo com a empresa, desde janeiro, quando o código genético do novo coronavírus foi sequenciado, a companhia trabalha num projeto para encontrar uma vacina para a COVID-19. Recentemente, os farmacêuticos chegaram a um projeto que pode ter bons resultados.
A expectativa da empresa é que 1 bilhão de doses estejam prontas para uso no começo do ano que vem.
Como há mais de 120 pesquisas tentando encontrar uma vacina contra a Covid-19 em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), outros estudos podem se revelar promissores. Oxalá muitos outros tenham êxito e que em breve o mundo tenha uma vacina contra o coronavírus acessível a todos.