Pesquisadores da Universidade de Oxford anunciaram que os testes clínicos da vacina contra a Covid-19, que foi aplicada em 1.100 voluntários no final de abril, serão concluídos em agosto. Se tudo correr dentro do previsto, os pesquisadores esperam ter a aprovação do governo britânico em setembro e no mesmo mês a vacina começará a ser produzida. A vacina, por enquanto, foi batizada de ChAdOx1 nCoV-19.
Segundo a agência de notícias Reuters, dados preliminares de um estudo em seis macacos mostraram que alguns daqueles que receberam uma única dose da vacina desenvolveram anticorpos contra o vírus em 14 dias. E que, em 28 dias, todos desenvolveram proteção. A expectativa dos especialistas é que esse comportamento se repita nos testes com seres humanos.
Adrian Hill, diretor do Jenner Institute, da Universidade de Oxford, está otimista, diz que os resultados do trabalho até agora são “encorajadores” e acredita que em julho, ou no mais tardar em agosto, os pesquisadores já saberão se a droga funciona e qual o seu grau de eficiência.
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Outra informação importante repassada pelo diretor Adrian Hill: a vacina não será cara e poderá ser tomada em dose única. “Não será uma vacina cara. Será uma vacina de dose única. E será fabricada para atender um suprimento global e em muitos locais diferentes ao mesmo tempo”, disse à agência Reuters o professor Hill.
Ainda conforme o diretor da Oxford, sete fábricas em todo o mundo trabalham no desenvolvimento da vacina. Entre elas, está o Instituto Serum, da Índia e outras espalhados pela Europa e pela China.
A ChAdOx, que recombina vetores virais, usa uma versão enfraquecida do vírus do resfriado comum enriquecido com proteínas do novo coronavírus para gerar uma resposta no sistema imunológico do corpo.
Além dela, outras vacinas contra o novo coronavírus estão em fase de testes em humanos. As pesquisadas pelos laboratórios Moderna, Pfizer, Biontech SE e Biologics são algumas delas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje existem mais de 100 estudos em todo o mundo em busca de uma vacina contra a Covid-19.
Com Agência Reuteres