O governo da China pretende vacinar 50 milhões de pessoas contra a Covid-19 até fevereiro. O país tem quatro vacinas contra a doença já concluídas, sendo que uma delas, a da Sinopharm, foi a primeira aprovada para uso emergencial. As outras são da Sinovac, a Coronavac, também testada no Brasil, e duas outras da CanSino Biologics.
A China já vinha vacinando uma parcela de sua população em caráter emergencial desde julho. Até novembro, cerca de 1,5 milhão de chineses já haviam sido vacinados. De novembro até agora, mais três milhões receberam a vacina.
De acordo com o vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Zeng Yixin, das cerca de 5 milhões de pessoas que foram imunizadas até agora, menos de 0,1% desenvolveram febre baixa e duas pessoas por milhão apresentaram reações adversas mais sérias, como alergia.
Sinopharm
A primeira vacina contra a Covid-19 aprovada pelo governo chinês tem eficácia comprovada de 79,34%. As outras três, a Coronavac e duas da CanSino deverão ser aprovadas em breve quando, espera-se, a campanha de vacinação no país será intensificada.
No caso da Coronavac, que foi testada em cerca de 13 mil voluntários brasileiros, não há taxa de eficácia ainda confirmada. Mas o mesmo imunizante foi testado na Turquia e, por lá, a eficácia foi de 91,25%.
Coronavac e Oxford
A Coronavac será fundamental para o programa de imunização do Brasil contra a Covid-19. Não há dados oficiais sobre a eficácia do medicamento no país, mas já se sabe que ele superou a taxa mínima indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 50%.
Esse imunizante, que é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, será produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, maior produtor de vacinas da América Latina. Já chegaram ao Brasil, vindo da China, 10 milhões de doses do medicamento.
Até o final de janeiro, o Butantan deverá produzir mais 36 milhões de doses, totalizando 46 milhões de doses, que serão suficientes para vacinar 23 milhões de pessoas, uma vez que cada pessoa precisa tomar duas doses. Ainda no primeiro semestre, mais 74 milhões de doses deverão ser produzidas, totalizando 120 milhões de doses até julho.
Outra vacina de grande importância para o programa de imunização do Brasil é a desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca. O governo brasileiro comprou 100 milhões de doses, que vão chegar ao longo do primeiro semestre. A eficácia média da vacina é de 70%.
Já no segundo semestre, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai produzir mais 160 milhões de doses do imunizante de Oxford, totalizando 260 milhões de doses ao longo do ano. Essa quantidade é suficiente para vacinar 130 milhões de pessoas.