O governo brasileiro está negociando a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, que tem eficácia de 95% e já começou a ser aplicada no Reino Unido. Se a compra for concretizada, o país terá garantido, para o próximo ano, mais de 250 milhões de doses de vacinas para imunizar os brasileiros.
O Brasil já havia feito uma negociação com o laboratório AstraZeneca para a compra de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Tão logo a vacina seja aprovada, o que é esperado para o final deste ou início do próximo ano, o país deverá receber 30 milhões. As outras 70 milhões de doses serão fabricadas no Brasil pela Fiocruz.
Como faz parte do consórcio internacional Covax, iniciativa liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), autoridades brasileiras já asseguraram a compra de mais 42,5 milhões de doses. No portfólio da Covax estão 9 vacinas, entre elas a da Pfizer/BioNtech.
Por meio do Instituto Butantan, que liderou os testes da fase 3 no Brasil da vacina chinesa Coronavac, desenvolvida pela Sinovac, o Brasil assegurou mais 46 milhões de doses, sendo que 6 milhões deverão chegar ao país ainda em dezembro. As outras 40 milhões serão envasadas pelo Butantan no início do próximo ano, com os insumos que já começaram a chegar da China.
Portanto, são 100 milhões de doses da AstraZeneca, mais 70 milhões da Pfizer/BioNtech, outras 42,5 milhões de doses do consórcio Covax e mais 46 milhões da Coronavac. Tudo somado, são 258,5 milhões de doses previstas para 2021, que seriam suficientes para vacinar 129 milhões de brasileiros, visto que todas elas exigem a aplicação de duas doses.
Outras possibilidades
O Brasil tem uma população de aproximadamente 210 milhões de habitantes e não há ainda um consenso sobre quantos precisarão receber a vacina. Mas já se sabe que não será a totalidade da população.
Alguns países trabalham com a possibilidade de vacinar pelo menos 70% de sua população, o que no caso do Brasil representaria quase 150 milhões de pessoas. Portanto, considerando a quantidades de doses asseguradas até agora, ainda faltaria vacinas para imunizar esse percentual de brasileiros.
Mas há outras possibilidades de o país ter uma quantidade maior de vacinas do que as 258 milhões de doses. Pelo entendimento feito inicialmente entre o governo de São Paulo, Butantan e Sinovac, o instituto brasileiro poderá produzir, no próximo ano, outras 74 milhões de doses da Coronavac, totalizando 120 milhões de doses.
Há ainda chances de o governo brasileiro adquirir lotes da vacina desenvolvida pela Jonhson, em fase final de testes, inclusive com voluntários brasileiros, e também da empresa americana Moderna, que já anunciou que seu imunizante tem eficácia de 94% deverá ser liberado para uso emergencial nos Estados Unidos na próxima semana.
Há quase que um consenso de que não faltará vacina para a população brasileira. O que não se sabe ainda é quando vai começar o processo de vacinação em todo o país. São Paulo anunciou que vai começar a vacinar no dia 25 de janeiro, usando a Coronavac, e o governo brasileiro admite imunizar algumas pessoas até mesmo neste ano, se houver aprovação de alguma das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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