Albert Einstein, quando queria presentear a mulher amada, não lhe oferecia flores. Ele a presenteada com livros.
- “Eu a amava tanto que em vez de flores eu dei a ela livros, porque as flores duram alguns dias, mas um bom livro é para toda a vida.”
Conheço um monte de gente que se reconhece nessa frase de Einstein. Não precisa ir longe. Aqui na minha família posso reunir pelo menos uma duzia de apreciadores desse mimo. Entre eles, euzinha aqui, é claro. Quer me agradar? É só me dar um livro. E que tal um convite para uma voltinha naquela livraria? Tem também aquela sobreloja do Maleta. O paraíso dos sebos. Sete. Todos um ao lado outro.
Pra lhe ajudar com o presente, aqui vai uma dica: gosto de romances, aventuras, biografias e, obviamente, dos livros de culinária. Amo especialmente aqueles que reúnem todas essas “pegadas” . Tenho vários. Uma estante cheia. A maioria, presentes de pessoas queridas.
Você deve estar se perguntando:
- Uai! Será que essa moça está ficando romântica com a idade?
Não é a idade, não. No fundo, no fundo, romântica sempre fui. O pragmatismo, a praticidade e a rudeza usei apenas e tão somente como armas de sobrevivência. Na verdade – ihhh, olha eu aqui me desnudando – sou que nem os personagens dos livros que me sustentam.
É o caso da Rosa, por exemplo. Rosa é uma das mulheres que conduzem a trama de “A casa dos recomeços”, presente, é claro. Quem me deu foi a Ana Dulce, minha sobrinha e afilhada. Ou seria um “espelho meu?
Rosa, depois de uma desilusão, muda-se para uma encantadora cidade no litoral da Inglaterra. Lá, começa trabalhando como sous chef em um hotel. Em casa faz bolos pra se sentir melhor. Isso até que conhece as vizinhas, mulheres surpreendentes que vão promover muitas mudanças em sua vida.
Sou muito a Rosa. Até deveria andar vestida com uma camiseta estampada com a frase “Cozinhe que você melhora”. Ou seria “Faça bolos pra melhorar”? Poderia ser também “Nunca substime uma mulher que ama livros”. Até já vi uma dessas em uma loja on line.
Ahhh, chega de spoiler e de me revelar. Faça um bolo, prepare um chá, vista uma roupa confortável e se envolva com a história dessas mulheres. Você vai se reconhecer em vários momentos. No fundo, somos todas parecidas. De diferente, só tem o endereço.
E pra deixar você com água na boca, hoje tem receita de bolo. De que? De nada. O preferido do meu cunhado Marcel.
Bolo de Nada
Ingredientes:
- 2 xícaras de chá de açúcar
- 3 xícaras de chá de farinha de trigo (sem fermento)
- 3 ovos
- 4 colheres sopa de manteiga
- 200 ml de leite
- 1 colher de sopa de fermento biológico em pó
Modo de fazer:
Não tem muito mistério. Você pode bater no liquidificador ou a mão mesmo. Para isso, use um batedor de arame.
O ideal é peneirar a farinha e o açúcar para deixar o bolo mais fofo.
Ah, nada de bater a farinha e o fermento no liquidificador. Nele, só o açucar e os líquidos. Os ingredientes secos vão para uma tigela. Só no fim misture tudo. E não se esqueça de colocar a massa em forma untada e enfarinhada e levar para assar em forno preaquecido a 180 graus.
Fico ansiosa para ler as crônicas. Elas nos fazem apreciar e valorizar a simplicidade. Parabéns Gisele Bicalho. Obrigada por nós levar a participar de sua vida e de sua histórias.
Amei, como sempre! Não é à toa que nos admiramos! Amo livros, sou de Maio e adoro vce!
De quebra uma receita maravilhosa, depois de “viajarmos” nesse texto tão rico em detalhes. Parabéns!
Se cheirar uma flor…ficará na memoria olfativa…se ler um bom livro…e cheirar..a flor e o preparado..ficará ..gravado na sua memória eternamente!! Ler..cheirar e preparar..misture tudo isso e terá uma receita malandrosamente..interessante e deliciosa..com estes posts da Amada Gisele então…cheiro..leio..preparo..ofereço..e compartilho…??❤
Você faz magica com as palavras de uma maneira simples que faz a gente receber como um abraço Gi!