Toda a população brasileira deverá estar vacinada contra a Covid-19 até fevereiro. A previsão é do governador de São Paulo, João Dória, responsável por conduzir as negociações com a chinesa Sinovac Biotech, que está testando sua vacina em 9 mil voluntários brasileiros.
Batizado de Coronavac, o imunizante do laboratório chinês, juntamente com o que vem sendo desenvolvido pela Universidade de Oxford, é considerado um dos mais promissores do mundo. Pelo acordo feito com o governo paulista, o instituto Butantan, que é reconhecido mundialmente omo um grande produtor de vacinas, vai produzir 120 milhões de doses do remédio.
Mas o governo paulista iniciou uma campanha junto a empresas privadas para arrecadar R$ 130 milhões, para que o Butantan dobre essa produção, que passaria, então, para 240 milhões de doses. De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, o medicamento começará a ser produzido em outubro
“A vacina é salvadora; ela vai trazer a normalidade de fato na vida dos brasileiros. Tudo indica que já estaremos com uma imunização plena, da totalidade da população brasileira, até o fim de fevereiro. Olhando sempre com olhar otimista”, disse o governador João Doria em entrevista à rádio Bandeirantes.
A expectativa é que a vacinação comece em dezembro. Os primeiros a receber a vacina serão os profissionais de saúde, seguidos pelas pessoas do chamado grupo de risco (idosos, hipertensos, diabéticos) e por profissionais de segurança. Posteriormente, o restante da população.
Vacina da Pfizer
A farmacêutica americana Pfizer iniciou hoje (06-7) em voluntários brasileiros a terceira e última fase de testes de sua vacina contra o coronavírus. A empresa desenvolve o imunizante em parceria com o laboratório alemão BioNTech. No total, 30 mil voluntários americanos, alemães, argentinos e brasileiros vão receber duas doses do imunizante nos próximos dias.
Nas duas primeiras fases de testes, a vacina da Pfizer e BioNTech apresentou resultados muito promissores e essa nova fase, quando é aplicada num número maior de pessoas, vai confirmar sua eficácia e segurança. A expectativa da empresa é que essa última fase esteja concluída até setembro, para que em outubro ela dê entrada com o pedido para uso em grande escala.
Se for comprovado que ela é capaz de imunizar os pacientes contra o novo coronavírus e que é segura, a Pfizer diz que tem condições de produzir, até o final do ano, 100 milhões de doses. E, para 2021, terá capacidade de produzir 1,3 bilhão de doses, que poderão ser usadas por outros países.