Uma coleção de 76 obras-primas religiosas, salvas heroicamente do incêndio de 2019 na Catedral de Notre Dame, será exibida pela primeira vez em mais de 160 anos. A exposição “Maios de Notre Dame” no Mobilier National, em Paris, de 24 de abril a 21 de julho, oferece uma oportunidade única de contemplar a grandiosidade da arte sacra francesa do século XVII.
As obras, conhecidas como Maios de Notre Dame, são pinturas monumentais encomendadas pela Guilda dos Ourives de Paris entre 1630 e 1707 para celebrar o mês de maio, dedicado à Virgem Maria. Criadas por alguns dos maiores artistas da época, como Philippe de Champaigne e Eustache Le Sueur, as pinturas narram histórias bíblicas em um estilo grandioso e detalhado.
Retorno triunfal
Em 15 de abril de 2019, um incêndio devastador varreu a Catedral de Notre Dame, colocando em risco a vida da própria catedral e seus inestimáveis tesouros artísticos. Felizmente, os Maios de Notre Dame, localizados nas capelas laterais, escaparam das chamas, sofrendo apenas danos causados pela água e pela fumaça.
Desde então, uma equipe de restauradores especializados tem trabalhado incansavelmente para devolver as pinturas ao seu esplendor original. A meticulosa restauração incluiu a limpeza das telas, a estabilização da tinta descascada e a reintegração de áreas danificadas.
Oportunidade única
Assim, a exposição “Maios de Notre Dame” oferece uma oportunidade rara de admirar essas obras-primas restauradas em sua totalidade. Pela primeira vez em mais de um século e meio, os visitantes poderão apreciar a grandiosidade e a beleza singular dessas pinturas em um só lugar.
As Maios de Notre Dame representam, portanto, mais do que apenas obras de arte excepcionais. Elas também são um testemunho da fé e da resiliência do povo francês. Sua sobrevivência do incêndio simboliza a esperança e a capacidade de reconstruir após a tragédia.
Com informações do site GN e agências internacionais