Vacina contra HPV será aplicada em dose única

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Imagem - Pixabay
Vacina

O Ministério da Saúde anunciou uma nova abordagem na estratégia de vacinação contra o HPV, substituindo o antigo esquema de duas doses por uma dose única. Essa mudança segue orientação de organismos internacionais; e tem também como objetivo praticamente dobrar a capacidade de imunização dos estoques disponíveis no país.

A decisão, referendada pelos participantes da Câmara Técnica Assessora (CTAI) em sua reunião mais recente, visa intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. O Ministério da Saúde tem como meta principal aumentar a adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal, com o intuito de eliminar o câncer de colo do útero como problema de saúde pública.

Essa recomendação foi embasada em estudos que demonstram a eficácia do esquema de dose única, seguindo as mais recentes orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O público-alvo continua sendo formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos, priorizando protegê-los antes da exposição ao vírus.

Além disso, inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.

Nota técnica do Ministério da Saúde recomenda a realização de busca ativa pelos estados e municípios para garantir que jovens brasileiros de até 19 anos tenham acesso à vacina contra o HPV. Aqueles que não receberam uma ou duas doses do imunizante no período recomendado podem receber o esquema em dose única, conforme orientação.

Com essa atualização, o Brasil se alinha a 37 países que já adotaram o esquema de dose única, buscando resultados positivos na proteção da população contra o vírus HPV. Em 2023, o país registrou o maior número de doses aplicadas desde 2018, com mais de 6,1 milhões de doses administradas. Esse aumento de 42% em relação a 2022 é resultado do esforço conjunto de estados, municípios e Ministério da Saúde, no Movimento Nacional pela Vacinação, revertendo a tendência de queda nas coberturas vacinais dos principais imunizantes do calendário definido pelo PNI.

Com informações do Ministério da Saúde

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