Pra pirar, refrescar e alimentar

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Imagem - Pixabay
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No Brasil tem comida carnavalesca? Se tem, eu nunca soube.  Bebida conheço várias. Cerveja, caipirinha, corote … Agora tem até um drink tipicamente belorizontino. O catuçai, mistura da catuaba com o creme de açaí. Nas redes sociais a bebida vem sendo classificada como algo  que “pira, refresca e alimenta”. 
Mas em se tratando de comida, o melhor mesmo é não fugir do óbvio e seguir a dica dos nutris. Pra segurar a onda e garantir energia, consuma carboidrato combinado com saladas e frutas. E muita, mas muita água mesmo, porque haja calor. 
E já que a curiosidade move o gato – no meu caso, a gata – lá fui eu descobrir o que é que se come fora de Beagá e adjacências. Pesquisa daqui, pesquisa dali, fiquei sabendo que na Bahia o prato de sustentação é o acarajé. Ouvi dizer que levanta até os mortos. Em São Paulo o folião aposta no bauru, sanduíche de pão francês com rosbife, pepino em conserva e queijo. No Rio o folião vai de tapioca, sucos e saladas bem coloridas e frescas. Lembrando que há quem se arrisque na feijoadas dos barracões das escolas de samba. 

Em outros países vale a tradição. Na Itália, por exemplo, há séculos, durante o Carnaval não há como ignorar as vitrines das pasticcerie. Nelas, reina o delicioso chiacchiere, docinho crocante de sabor delicado.  Preferência nacional. 
Estranhou? Uai! Na Itália também se festeja o Carnaval. É não é só lá não.  A festa também acontece em temperaturas abaixo de zero. Nesses lugares os festejos de Momo são conhecidos como Fasching, Karneval, Mardi Gras e por ai vai. 
Em Quebec, no Canadá, o Carnaval é comemorado com shows, esculturas de gelo, desfiles, fogos de artifícios, jogos e brincadeiras. Vale até mergulhar na neve com roupas de banho e pescar no gelo. Pra manter a energia o folião vai de Poutine,  prato preparado com batata frita, molho de carne e queijo cheddar em pedaços. 
Em Nova Orleans, EUA, o carnaval é conhecido como Mardi Gras. Em bom português trata-se da terça gorda. Pra manter o pique, que tal uma aparentada da paella conhecida como jambalaya? Ou, quem sabe, um gumbo, ensopado a base de quiabo? 
Na Eslovênia a festa combina o carnaval ocidental com o paganismo eslavo. Nesse país, o destaque dos desfiles de Carnaval é o Kurent, personagem que faz alusão aos demônios. Na quarta-feira de cinzas tem também o enterro do Pust, um boneco que simboliza todos os males. E pra segurar toda essa onda do bem × mal as pessoas se fartam com o gulash, prato preparado com carne bovina ou suína cozida, misturada à gordura quente, farinha, cebola, pimentão e outras especiarias. 
No Equador os foliões jogam farinha, flores e água perfumada uns nos outros. Outra tradição é entregar flores e frutas a quem se quer cortejar. E pra comer? O locro, é claro. Ensopado de babata e queijo. Em algumas receitas, o locro leva abóbora, milho e feijão e carne. E não estranhe se a sopa vier com abacate. 
Também se festeja o Carnaval na Suíça, Japão,  República Dominicana e numa infinidade de outros países. Não vou dar detalhes agora. Fica pra outra vez. Vou parando por aqui porque com essa conversa toda me bateu uma fome leonina. Indo ali comer uma feijoada. Afinal, não estou morta e porque por aqui a festa já começou. 

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