O Brasil terá, até julho, 265 milhões de doses de vacinas para Covid-19, suficientes para vacinar 132,5 milhões de pessoas. Para tanto, é preciso que o cronograma de entregas dos imunizantes divulgado pelo Ministério da Saúde seja cumprido.
A vacinação no país ainda ocorre de forma muito lenta e a principal razão é que faltam vacinas. Mas o Brasil tem um programa de imunização que é considerado modelo e um dos mais exitosos do mundo. Tem capacidade para vacinar até 2 milhões de pessoas por dia.
Embora a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 tenha começado em 17 de janeiro, quase dois meses depois pouco mais de 10 milhões de pessoas receberam a primeira dose. Mas em abril esse número pode dar um salto.
O programa nacional de imunização do Ministério da Saúde vai receber, no próximo mês, 32 milhões de doses da vacina de Oxford. Dessas, 30 milhões serão produzidas pela Fiocruz. Terá também mais 15,7 milhões da Coronavac, que está sendo fabricada pelo Instituto Butantan.
O ministério ainda conta, para abril, com 8 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, 400 mil doses da russa Sputnik V e 1 milhão de doses da vacina da Pfizer. As duas primeiras, entretanto, para serem usadas, precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Portanto, em abril, cumprido o cronograma, serão 57 milhões de doses, suficientes para vacinar 28,5 milhões de pessoas.
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Compra de 575 milhões de doses
O Ministério da Saúde prevê para o mês de maio a entrega de pouco mais de 47 milhões de doses, que poderão vacinar 23,5 milhões de pessoas. São 27 milhões da vacina de Oxford, mais 6 milhões da Coronavac; outros 6 milhões do consórcio Covax Facility (iniciativa da Organização Mundial de Saúde), 4 milhões da indiana Covaxin, 2 milhões da Sputnik V e outros 2,5 milhões da Pfizer.
No cronograma do governo federal estão previstas, para junho, quase 51 milhões de doses e em julho mais 42 milhões. Saindo tudo como o desenhado, estarão vacinados os 132,5 milhões de brasileiros. Esse número representa pouco mais de 60% da população do país, de cerca de 213 milhões de habitantes.
Vacina de dose única
O cenário ser ainda mais favorável entre agosto e setembro. Nesses dois meses, conforme o cronograma do Ministério da Saúde, o Brasil terá mais 115 milhões de doses de vacinas. Dessas, aproximadamente 99 milhões serão da Coronavac e da Pfizer/BioNTech (76,5 milhões de doses). Uma vez que essas previsões se confirmem, serão vacinadas pouco mais de 49 milhões de pessoas.
As outras 16,9 milhões esperadas para esses meses são da vacina da Johnson & Johnson. Ela é a única do mundo, por enquanto, que exige a aplicação de apenas uma dose.
Portanto, nesses dois meses de agosto e setembro, haverá doses suficientes de vacina para imunizar 65 milhões de brasileiros.
O Ministério da Saúde anunciou recentemente a compra de vacinas da Pfizer (100 milhões) e da Johnson & Johnson (38 milhões). Tudo somado, como mostra o quadro abaixo, o Brasil já tem contrato para aquisição em 2021 de quase 576 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.
O Ministério da Saúde, todavia, quer ampliar ainda mais o número de doses disponíveis de vacinas contra a Covid-19 no país. Para tanto, negocia com o laboratório americano Moderna a aquisição de 13 milhões de doses de seu imunizante. Trata-se de uma das vacinas mais eficazes do mundo (94%).
Oxalá não haja nenhum imprevisto e que as entregas sejam cumpridas, para que o Brasil possa se ver livre dessa praga do coronavírus.
Número de doses de cada vacina – 2021:
Infográfico reproduzido do site da CNN Brasil