COVID-19: Fiocruz promete acelerar produção de vacina

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Produção da vacina de Oxford/AstraZeneca contra Covid será acelerada pela Fiocruz. Foto - divulgação
Produção da vacina de Oxford/AstraZeneca contra Covid será acelerada pela Fiocruz. Foto - divulgação

A vacinação no Brasil contra a Covid-19 ainda é muito lenta e a principal razão é a falta de vacinas. Mas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que está produzindo a vacina Oxford/AstraZeneca, promete que vai, a partir de agora, acelerar a produção do imunizante.

A Fiocruz demorou a receber da China o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). Quando o problema foi resolvido, descobriu-se que uma máquina que é responsável pelo fechamento dos frascos da vacina não estava funcionando de forma adequada. Mas agora a fundação diz que todos os problemas foram sanados e a produção será intensificada.

Ainda neste mês de março a Fiocruz vai entregar ao Ministério da Saúde 3,8 milhões de doses da vacina. Todavia, a partir do próximo mês, como informa a fundação, a produção diária será de 1 milhão de doses. O que significa que, ao final do mês, terão sido produzidas mais 30 milhões de doses.

Já em maio, o compromisso é entregar mais 25 milhões de doses, mesma quantidade prevista para o mês de junho. Para o mês de julho, o compromisso é entregar 16,8 milhões de doses. De agora até julho, portanto, a expectativa é produzir 100 milhões de doses. A elas, vão se somar outras 12 milhões de doses importadas da Índia (dessas, 4 milhões de doses já chegaram).

As 112 milhões de doses da vacina de Oxford, prometidas até julho, serão suficientes para vacinar 56 milhões de pessoas. Isso porque a vacina exige a aplicação de duas doses. Até dezembro, a Fiocruz anuncia a entrega de mais 110 milhões de doses, suficientes para vacinar 55 milhões de brasileiros.

Mais vacinas

Butantan anuncia produção de 100 milhões de doses da Coronavac até agosto
Butantan anuncia produção de 100 milhões de doses da Coronavac até agosto

Além da vacina produzida na Fiocruz, o Brasil conta também a a produção da vacina Coronavac feita pelo Instituto Butantan. Pelo calendário do instituto, serão fabricadas, até o final de abril, um total de 46 milhões de doses e mais 54 milhões até agosto, totalizando 100 milhões de doses – suficientes para vacinar 50 milhões de pessoas.

Entretanto, ainda no primeiro semestre, o programa nacional de imunização deve receber também o reforço de mais 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. Essa quantia foi negociada pelo Consórcio de Governadores do Nordeste, mas será distribuída a todos os brasileiros.

A primeira remessa da vacina russa, de 1,9 milhão de doses, deverá chegar ao Brasil até abril e o restante até julho. E há também possibilidade de que vacinas de outros laboratórios, como da Pfizer/BioNTech e Jonhson, mesmo que em quantidades menores, também cheguem para ajudar a acelerar a vacinação no país.

Cronograma da Fiocruz

  • Janeiro: 2 milhões importadas da Índia (entregues)
  • Fevereiro: 2 milhões importadas da Índia (entregues)
  • Março: 3,8 milhões (produção nacional com IFA importado)
  • Abril: 30 milhões (produção nacional com IFA importado) + 2 milhões importadas da Índia
  • Maio: 25 milhões (produção nacional com IFA importado) + 2 milhões importadas da Índia
  • Junho: 25 milhões (produção nacional com IFA importado) + 2 milhões importadas da Índia
  • Julho: 16,6 milhões (produção nacional com IFA importado) + 2 milhões importadas da Índia
  • Total: 112 milhões até julho, e mais 110 milhões com produção 100% nacional até o fim do ano

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