Os Estados Unidos vão vacinar cerca 100 milhões de americanos até março, conforme informou ao jornal New York Times Moncef Slaoui, o principal conselheiro científico da Operação Warp Speed, o programa de desenvolvimento de vacinas do governo Donald Trump. Até meados de janeiro, segundo ele, aproximadamente 24 milhões de pessoas vão receber a primeira dose do imunizante.
O país, o mais afetado do mundo pela Covid-19, já registra mais de 283 mil mortes pela doença e quase 15 milhões de infectados, de acordo com informações da Universidade Johns Hopkins.
Ainda esta semana, o governo dos Estados Unidos deve receber autorização para o uso emergencial da vacina do laboratório americano Pfizer, que foi desenvolvida em parceria com a farmacêutica alemã BioNTech. Sendo aprovado, o processo de distribuição e início da vacinação deverá começar poucos dias após a aprovação. O imunizante, que tem eficácia de 95%, já está sendo usado no Reino Unido.
O governo americano havia assegurado a compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, parte delas para ser entregue ainda neste mês de dezembro. No próximo ano, o governo vai receber mais 600 milhões de doses do imunizante.
Nos próximos dias, as autoridades sanitárias dos Estados Unidos devem aprovar também o uso da vacina da Moderna, que tem eficácia comprovada de 94%. Dessa vacina, o governo americano comprou 100 milhões de doses e tem a opção de compra de mais 400 milhões de doses em 2021.
Vacinação no Brasil
Aqui no Brasil, a vacinação contra a Covid-19 deverá começar por São Paulo no dia 25 de janeiro, conforme anúncio feito pelo governador João Dória. O governo paulista controla o Instituto Butantan, responsável pelos testes da fase 3 da vacina Coronavac no Brasil, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. Os testes em mais de 13 mil voluntários já foram concluídos e os resultados deverão ser anunciados na próxima semana.
No Reino Unido, o país da Europa mais afetado pela Covid, a vacinação começou hoje (8-12), usando a vacina da Pfizer. O processo deverá ser acelerado assim que for aprovada a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca, que também foi testada em voluntários brasileiros.
Quem também já está vacinando sua população contra a Covid-19 é a Rússia. A imunização começou sábado na capital Moscou, com a vacina Sputnik V, que foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya e financiada por um fundo soberano russo. Embora os testes da fase 3, que demonstram a eficácia do remédio, não tenham sido publicados, a vacina foi a primeira do mundo contra a Covid-19 a ser registrada em agosto.
