A exemplo do Reino Unido, a Rússia também anunciou que vai iniciar na próxima semana a vacinação da população do país contra a Covid-19 com a vacina Sputinik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya. Os primeiros a serem vacinados serão profissionais de saúde e professores.
A determinação para que a vacinação comece logo veio do presidente russo Vladimir Putin. “Gostaria de pedir para que organizem o trabalho de tal forma que até o final da próxima semana prossigamos com a vacinação em larga escala”, disse Putin ao participar, por videoconferência, da abertura dos centros médicos multifuncionais do Ministério da Defesa.
Para dar início ao processo de vacinação, o governo russo vai disponibilizar 2 milhões de doses da vacina, que serão suficientes para vacinar 1 milhão de pessoas, uma vez que há necessidade de duas dosdes. A vacinação será voluntária e de graça para os cidadãos russos.
O Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, que desenvolveu a Sputnik V, e o Fundo para Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, na sigla em inglês), que financiou as pesquisas, divulgaram que a Sputnik V tem eficácia de 95%.
Mas os resultados da fase 3 de testes, que comprovam a eficácia e a segurança do imunizante, não foram publicados em nenhum periódico científico – o que abre oportunidade para que os processos sejam checados por cientistas de outros países.
Além de anunciar o início da vacinação em massa, o governo russo negocia a venda do imunizante para outros países, inclusive o Brasil. O governo da Bahia anunciou que comprou 50 milhões de doses da Sputnik V e o governo do Paraná pretende produzir a vacina no Brasil, por meio de seu instituto de tecnologia.
Primeira registrada
De acordo com o Fundo Russo de Investimentos, que financiou as pesquisas da vacina, a intenção é produzir, no próximo ano, 1,2 bilhão de doses, sendo que 230 milhões estariam destinados para países da América Latina.
A Sputinik V foi a primeira vacina contra a covid-19 a ser registrada, embora tenha sido recebida com certa desconfiança pela comunidade científica exatamente porque não havia passado pela última fase de testes.
Quando anunciou, em agosto, que a vacina havia sido registrada, ele informou que uma de suas filhas havia recebido a vacina e que apresentou apenas sintomas leves após a medicação.
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