O laboratório norte-americano Pfizer, que desenvolve uma vacina contra a Covid-19 em parceria com o empresa alemã BioNTech, está montando uma megaoperação para distribuir o seu imunizante mundo afora. A expectativa da empresa americana é que até o final deste mês estejam concluídos os testes que vão dizer se vacina é mesmo segura e eficaz.
Mas a Pfizer está tão otimista que já estruturou um centro logístico do tamanho de um campo de futebol com 350 enormes freezers na cidade de Kalamazoo, em Michigan, nos Estados Unidos, como informou o jornal The Wall Street Journal. Sendo aprovado, a empresa espera obter de autoridades de saúde autorização para uso emergencial do imunizante já a partir de novembro.
Outro centro de distribuição está sendo montado em Puurs, na Bélgica, e a empresa também adaptou outros centros em Wisconsin, nos Estados Unidos, e em Karlsruje, na Alemanha. Desses locais, as vacinas sairão para distribuição em todo o mundo.
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Embalagem especial
A Pfizer informa que ainda este ano terá condições de entregar 100 milhões de doses de sua vacina e mais 1,3 bilhão de doses no próximo ano. Para realizar o transporte com segurança e rapidez, a empresa projetou um novo recipiente que pode manter o imunizante em temperaturas super frias por até dez dias, com capacidade para 1.000 e 5.000 doses.
As caixas do tamanho de malas, embaladas com gelo seco e rastreadas por GPS, permitirão a Pfizer ter mais flexibilidade para enviar as vacinas rapidamente, uma vez que nessa megaoperação os aviões e caminhões não terão que esperar pelas caixas de metal refrigeradas padrão.
“É a maior campanha de vacinação de todos os tempos”, afirmou ao The Wall Street Journal a vice-presidente da cadeia de suprimentos da Pfizer, Tanya Alcorn. Nos Estados Unidos, a empresa espera transportar, em 24 caminhões diários, cerca de 7,6 milhões de doses para os aeroportos, de onde partirão em 20 voos diários para todos os estados do país.
Conforme informou o laboratório norte-americano, o tempo de entrega das vacinas, do centro de distribuição aos locais de uso será de, no máximo, três dias.
Testes no Brasil
A vacina em desenvolvimento pela Pfizer e BioNTech, batizada de BNT162, está sendo testada em 2.000 voluntários brasileiros de São Paulo e da Bahia, o que pode facilitar a sua compra pelo governo brasileiro caso ela seja aprovada. Nos Estados Unidos, o imunizante está sendo testado em 44 mil pessoas na sua última fase, que é para comprovar sua segurança e eficácia.