Na corrida por mais uma vacina contra a Covid-19, a farmacêutica americana Pfizer e a alemã BioNTech, que estão desenvolvendo em parceria um imunizante contra o novo coronavírus, acreditam que o medicamento estará aprovado em meados de outubro.
“Tem um perfil excelente e considero essa vacina quase perfeita, tem um perfil quase perfeito”, afirmou Ugur Sahin, cofundador da BioNTech, em entrevista concedida ao canal de TV CNN em Berlim. “Sim, acreditamos que temos um produto seguro e que estaremos prontos para mostrar sua eficácia”, acrescentou.
Concluídos os testes da fase 3, o que pode ocorrer até o final deste mês de setembro, a expectativa das duas farmacêuticas é que as autoridades regulatórias de alguns países aprovem o seu uso emergencial. Até o final do ano, serão produzidas 100 milhões de doses da vacina, que já foram compradas pelo governo dos Estados Unidos.
Para 2021, as duas empresas informam que terão capacidade para produzir 1,3 bilhão de doses da nova vacina. No acordo feito com os Estados Unidos, a país vai receber no próximo ano mais 600 milhões de doses.
Acordo com Brasil
A diretora médica da Pfizer no Brasil, Márjori Dulcine, informa que há uma negociação com o governo brasileiro para a compra da vacina que está sendo desenvolvida em parceria com a BioNTech. Fechado o negócio, as doses serão fornecidas, provavelmente, em meados do próximo ano.
A vacina da Pfizer/BioNTech é uma das que estão sendo testadas em voluntários brasileiros. As consideradas mais avançadas são da Universidade de Oxford e da chinesa Sinovac, que trabalham com a perspectiva de que elas possam começar a ser aplicadas em dezembro.
Pelo acordo com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, o Brasil vai receber 30 milhões de doses da vacina em dezembro. Já no entendimento entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac, serão repassados 46 milhões de doses também até dezembro.
Se os testes das duas vacinas, que estão em fase final, comprovarem que elas são seguras e eficazes, essa dosagem total de 76 milhões de doses serão suficientes para vacinar 38 milhões de brasileiros, uma vez que ambas exigem a aplicação de duas doses.