A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu autorização para que a
Johnson & Johnson teste sua vacina contra a Covid-19 em 7 mil brasileiros. Assim, sobe para quatro o número de vacinas sendo testadas no Brasil na sua última fase, que é feita para verificar, num grande número de pessoas, sua eficácia e segurança.
A previsão é que os testes comecem em setembro e os voluntários serão recrutados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte. Os mineiros já participam dos testes da vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, chamada Coronavac, em parceria com o Instituto Butantan e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que, se aprovada, pode começar a ser aplicada em maior escala a partir de dezembro.
A vacina da Johnson & Johnson é baseada em um vetor de adenovírus sorotipo 26 (Ad26). Conforme dados de um estudo pré-clínico publicado na revista científica Nature, uma dose única do produto gerou resposta imunológica em macacos, com anticorpos que conseguiram neutralizar o vírus.
Quatro sendo testadas
Com esta, sobre para quatro o número de vacinas contra a Covid-19 que estão sendo testadas no Brasil na sua última fase (3). A Anvisa havia autorizado, no dia 2 de junho, testes finais em brasileiros da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, Reino Unido.
No dia 3 de julho, a agência deu autorização para a testagem do imunizante da chinesa Sinovac; em 21 de julho, os laboratórios BioNTech e Pfizer, que desenvolvem uma vacina em conjunto, também receberam permissão para testar seu produto em brasileiros.
Com os testes da Johnson & Johnson, subirá para cerca de 22 mil o número de voluntários brasileiros que se dispuseram a receber vacinas contra a Covid-19 para averiguar os seus efeitos no ser humano. Sendo aprovadas, as chances de que o Brasil adquira de forma mais rápida esses imunizantes, estando participando dos testes finais, são bem maiores.
Há ainda possibilidade de que mais laboratórios decidam verificar aqui no Brasil, num grande número de pessoas, se as vacinas contra o coronavírus que desenvolvem são mesmo eficazes. É o caso do laboratório Sinopharm, que está sendo aplicada em 15 mil voluntários nos Emirados Árabes, e da Russa Sputnik 5, a primeira do mundo a ser oficialmente registrada (embora não tenha ainda sido testada num grande número de pessoas.