Vacinação contra Covid-19 na Rússia começa em setembro

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Vacina Sputnik V poderá chegar ao Brasil mais facilmente com decisão do Senado..
Vacina Sputnik V poderá chegar ao Brasil mais facilmente com decisão do Senado..

A vacinação em massa na Rússia contra a covid-19 vai começar em meados de setembro, conforme informação do diretor do Centro Gamaleya de Microbiologia e Epidemiologia, Alexandr Ginzburg. A vacina russa, Sputnik V, a primeira do mundo a ser registrada oficialmente, será aplicada, prioritariamente, em profissionais de saúde, idosos e pessoas do grupo de risco.

A Sputnik 5 continua cercada de desconfiança por parte da comunidade científica internacional, especialmente porque não passou pela última fase de testes em humanos, quando é aplicada num grande número de pessoas. Essa fase, conforme o governo da Rússia, será feita agora, em paralelo com a vacinação da população.

Cientistas de vários países reclamam também da falta de transparência, uma vez que sabe-se pouco sobre as fases anteriores (1 e 2) da vacina e os resultados não foram publicados em nenhum periódico de saúde de respeitabilidade internacional.

Essa etapa de testes em grande escala, conforme o diretor do centro Gamaleya, vai durar entre quatro e seis meses, o que não vai impedir a vacinação em massa seja iniciada ainda em setembro. A vacinação não é, entretanto, obrigatória. Só vai tomar quem quiser e ela estará disponível gratuitamente na rede pública de saúde.

Testes no Brasil

A Rússia tem cerca de 145 milhões de habitantes e tem aproximadamente 1 milhão de infectados pela covid-19 e quase 16 mil mortes pela doença. Ao anunciar o registro da vacina Sputnik 5, dias atrás, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que uma de suas filhas havia tomado o imunizante, não tendo apresentado efeitos colaterais importantes.

Para tentar aumentar a credibilidade de sua vacina, o governo russo está negociando com outros países a possibilidade de que ela seja testada num maior número de pessoas, como é o caso do Brasil.

Cerca de 15 mil voluntários brasileiros estão participando de testes de vacinas contra o coronavírus: uma da universidade de Oxford, outra do laboratório chinês Sinovac, batizada de coronavar, e dos laboratórios BionTEch (alemão) e Pfizer (Estados Unidos).

Especialmente as duas primeiras, conforme especialistas, têm boas chances de serem aprovadas e até mesmo começarem a ser aplicadas em parte da população brasileira ainda este ano.

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