A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech, chamada Coronavac, que está sendo testada em 9 mil voluntários brasileiros, começará a ser produzida no país em outubro. A expectativa é que se os testes desta última fase confirmarem a segurança e eficácia do imunizante, a vacinação comece já em dezembro.
“A vacina estará disponível para produção a partir de outubro. Temos previsão inicial de 60 milhões de doses que serão aplicadas apenas quando comprovada a eficácia do medicamento”, informou à TV CNN o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Pelo acordo feito pelo governo de São Paulo com o laboratório chinês, serão produzidas 120 milhões de doses no Brasil, tarefa que estará à cargo do Butantan. Mas o governo paulista está liderando uma campanha para arrecadar, na iniciativa privada, R$ 130 milhões para produzir mais 120 milhões de doses, totalizando 240 milhões. Do valor previsto, até o final da semana passada já haviam sido doados R$ 90 milhões.
Conforme o diretor do Butantan, a Coronavac é baseada em uma técnica de produção que o Butantan domina. “Conhecemos os fornecedores, conhecemos os equipamentos e a parte de manutenção. Não é um processo novo. Neste momento, estamos testando a melhor forma de fazer a vacina,” informou Covas à CNN.
Dimas Covas faz questão de ressaltar, entretanto, que a vacinação em massa só começará quando não houver mais dúvidas sobre a eficácia e segurança do medicamento. Ele lembrou, porém, que nas fases 1 e 2 dos testes em seres humanos, a vacina da Sinovac mostrou-se eficaz em 90% dos casos, além de ter se mostrado segura.
1 ou 2 doses?
A última fase de testes, conforme explicou Covas, vai também definir a amplitude da eficácia da vacina, o que vai definir se serão necessárias uma ou mais doses por pessoa para que seja atingida a imunidade ideal.
Apesar da animação com o medicamento, o diretor do Butantan diz que o Instituto ainda busca entender a amplitude da eficácia do medicamento, para saber se serão necessários uma ou mais doses por pessoas para atingir a imunização ideal.
“Vacinas são medidas preventivas, não curativas. Os estudos clínicos tentam descobrir se iremos precisar de uma ou duas doses para cada pessoa, além de quanto tempo irá durar a imunização”, assinalou Dimas Covas.
Com CNN