Um grande ato programado para hoje à tarde, 8 de março, na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, será o ápice da programação que celebra o Dia Internacional da Mulher em Minas Gerais. A iniciativa é de integrantes de coletivos de mulheres de várias partes do estado, muitas delas acampadas no hall das bandeiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desde a última terça-feira, num ato que recebeu o nome de Mulheres na Luta por Direitos: Resistência, Poder e Democracia.
Na Assembleia, um grupo de mulheres conversou com parlamentares para tentar aprovar no Legislativo a Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Mulher, que já está em tramitação. Outras se prepararam, em oficinas, para o grande ato na Praça Sete. Um deles foi o “Marisas”, que faz bordados, e que recebeu este nome porque o primeiro trabalho executado pelo grupo foi doado para a ex-primeira dama Marisa Letícia.
O grupo borda mensagens e imagens com teor político e feminista em lenços e faixas. A produção feita na Assembleia será distribuída hoje para as manifestantes. “Todo o nosso bordado é político. Nós pretendemos nos pronunciar politicamente e fazer as pessoas pensarem a respeito da política, por meio de um ato ancestral que é bordar”, explicou a coordenadora do grupo, Leda Leonel.
Homenagem dos garis
Também como forma de homenagear as mulheres, os garis, enquanto percorrem as ruas da capital fazendo a coleta do lixo, distribuem flores para as mulheres que encontram pelo caminho. Ao todo, 100 equipes de limpeza, entre turmas de varrição e coleta domiciliar, foram envolvidas na homenagem.
A ação é o reconhecimento ao trabalho relevante prestado pelas mulheres aos cidadãos belo-horizontinos, desempenhado com zelo e profissionalismo. Todos os caminhões da limpeza urbana participantes do evento receberam um adesivo comemorativo ao Dia Internacional das Mulheres.
A prefeitura de Belo Horizonte realiza durante todo este mês de março uma série de ações em todas as suas regionais para celebrar o Dia Internacional da Mulher. O principal objetivo é lutar pela igualdade de gênero e discutir políticas públicas que garantam os direitos das mulheres, especialmente das mulheres negras, ainda mais discriminadas.
Na programação estão temas como racismo e transfobia na vida das mulheres negras, racismo e adoecimento das mulheres negras, racismo e invisibilidade das mulheres negras.