Conheça a majestosa Capela Sistina, palco da escolha do novo Papa

0
22
Imagem da majestosa Capela Sistina, onde os cardeais se reúnem para eleger o novo papa. Fotos - Vatican News
Imagem da majestosa Capela Sistina, onde os cardeais se reúnem para eleger o novo papa. Fotos - Vatican News

Conheça um pouco mais a Capela Sistina, palco da escolha do novo papa, o cardeal americano Robert Prevost. A capela é o coração artístico e espiritual do Vaticano e também representa um dos maiores marcos da arte renascentista.

A Capela Sistina brilha como uma das joias mais preciosas da Cidade do Vaticano. Sua importância ultrapassa a beleza estética. É ali que, em momentos decisivos da história da Igreja Católica, os cardeais se reúnem para escolher o novo papa.

O Papa Sisto IV encomendou a construção da capela entre 1473 e 1481. Por isso, ela recebeu seu nome. Os arquitetos Baccio Pontelli e Giovanni de Dolci projetaram e executaram a obra, inspirando-se nas proporções do Templo de Salomão, descrito na Bíblia. Ela fica localizada no Palácio Apostólico, próxima à Basílica de São Pedro.

A capela mede cerca de 40 metros de comprimento por 13 metros de largura. Seu tamanho já impressiona, mas o impacto visual atinge o ápice quando se olha para cima. O teto, pintado por Michelangelo entre 1508 e 1512, surpreende todos os visitantes com sua beleza e complexidade.

Michelangelo retratou cenas do livro do Gênesis com vigor, movimento e anatomia precisa. A obra “A Criação de Adão”, onde Deus estende a mão para o primeiro homem, tornou-se uma das imagens mais emblemáticas da arte ocidental. Posteriormente, entre 1536 e 1541, ele também pintou “O Juízo Final” na parede do altar. Essa obra simboliza a transição entre o estilo renascentista e o barroco, marcando o auge do maneirismo.

O conclave e a escolha do novo pontífice

Além de Michelangelo, outros grandes mestres contribuíram para a decoração da Capela Sistina. Artistas como Sandro Botticelli, Perugino e Ghirlandaio deixaram sua marca nas paredes laterais. Juntos, eles criaram um ambiente onde fé, arte e história se entrelaçam com profundidade e emoção.

Atualmente, a Capela Sistina abriga o conclave — o processo sigiloso em que os cardeais elegem o novo papa. O termo “conclave” vem do latim cum clave, que significa “com chave”. Isso indica o isolamento completo dos cardeais durante a eleição, uma tradição seguida há séculos.

O conclave atual começou no dia 7 de maio de 2025. Desde então, 133 cardeais eleitores permanecem reunidos sob rigoroso sigilo. Eles realizam até quatro votações diárias até que um candidato atinja dois terços dos votos.

Quando os cardeais chegam a um consenso, a fumaça branca sobe pela chaminé instalada no telhado da capela. Por outro lado, se a votação não for conclusiva, a fumaça preta comunica isso ao público. Milhares de fiéis observam esse sinal da Praça de São Pedro e pelas transmissões ao redor do mundo.

Durante o conclave, a segurança e o sigilo são máximos. As comunicações com o mundo externo são totalmente proibidas. Além disso, os cardeais dormem na Casa Santa Marta e só se deslocam até a Capela Sistina sob vigilância, em horários rigorosamente estabelecidos.

Esse processo detalhado e solene reforça o peso espiritual da decisão. Afinal, escolher o novo líder da Igreja Católica não é apenas uma questão institucional. Trata-se da continuidade de uma liderança que guia mais de um bilhão de fiéis no mundo inteiro.

Enquanto o mundo aguarda a fumaça branca, os cardeais rezam, refletem e deliberam, cercados pelas obras-primas da Capela Sistina. Ali, entre arte e fé, a história da Igreja segue sendo escrita.

Com informações do Vatican News

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here