A tradição milenar da produção do Queijo Minas Artesanal acaba de ganhar um novo status: Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A UNESCO, em reconhecimento à importância cultural e histórica dessa iguaria que é amada por dez entre dez mineiros, concedeu o título em Assunção, no Paraguai.
Produzido de forma artesanal em diversas regiões de Minas Gerais, o Queijo Minas Artesanal é resultado de um processo que se repete há séculos. O leite cru, obtido diretamente da ordenha, é o ingrediente principal. Sem a adição de qualquer tipo de conservante ou fermento industrializado, o queijo ganha vida nas mãos habilidosas de pequenos produtores.
A conquista do título pela UNESCO representa um marco importante para a cultura brasileira e para os produtores mineiros. “É um passo fundamental para fortalecer a salvaguarda desse bem cultural”, afirma Leandro Grass, presidente do Iphan.
Para José Ricardo Ozólio, presidente da Amiqueijo, a valorização do Queijo Minas Artesanal é o resultado de um trabalho árduo e dedicado. “É uma grande conquista, o resultado de um trabalho secular”, destaca.
Queijo Minas Artesanal e a Agricultura Familiar
A produção do Queijo Minas Artesanal é uma atividade fundamental para a economia de muitas famílias rurais em Minas Gerais. O reconhecimento internacional fortalece a identidade e a importância da agricultura familiar, incentivando a preservação das tradições e o desenvolvimento sustentável das comunidades produtoras. Minas tem cerca de 9 mil pequenos produtores de queijo, com geração de cerca de 50 mil empregos diretos.
Produzido há mais de três séculos, o Queijo Minas Artesanal é feito de forma artesanal, utilizando leite cru e técnicas transmitidas de geração em geração. Essa tradição, presente em 106 municípios mineiros, já era reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2008 pelo Iphan.
O significado do reconhecimento?
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Queijo Minas Artesanal muda vida de produtores
A inclusão do Queijo Minas Artesanal na lista da Unesco reforça a importância de preservar as técnicas tradicionais de produção e a identidade cultural associada a esse alimento. Além disso, essa conquista contribui para a promoção do turismo rural e gastronômico em Minas Gerais.
O reconhecimento pela Unesco é fruto de um esforço conjunto de diversas instituições, como o Iphan, a Amiqueijo, o Iepha, a Emater-MG e a Seapa. Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, esse é um momento especial para celebrar a sabedoria do povo brasileiro.
Com esse reconhecimento, espera-se que o Queijo Minas Artesanal ganhe ainda mais visibilidade e valorização no mercado nacional e internacional.
Com informação da Agência Brasil