No dia Internacional da Mulher, que é celebrado hoje, 8 de março, pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a desigualdade salarial entre homens e mulheres diminuiu no ano passado. Em 2018, as mulheres ganhavam, em média 20,5% menos que os homens; em 2017, essa diferença era de 21,7%, uma redução de 1,2 ponto percentual.
Segundo o IBGE, desde 2012, quando essa pesquisa começou a ser feita pela instituição, a desigualdade salarial teve redução de 2,9 pontos percentuais. Já outra pesquisa feita pelo Banco Mundial mostra que é, sim, possível, que mulheres ganhem o mesmo salário que os homens para exercer atividades iguais.
O levantamento, intitulado Mulheres, Negócios e a Lei mostrou que em seis países os direitos econômicos são iguais entre homens e mulheres: Bélgica, Dinamarca, França, Letônia, Luxemburgo e Suécia.
Durante dez anos, o banco examinou dados de desigualdade financeira, legal e outros fatores, como liberdade de circulação, maternidade, violência doméstica e direito de gerir ativos em 187 nações. Entre os países da América Latina, quem aparece melhor colocado é o Peru, onde a paridade de direitos é de 95%. Já no Brasil, conforme o estudo do Banco Mundial, a paridade é de 81,8%.
Novas leis
O Banco Mundial mostrou também que, na última década, 131 países fizeram mudanças em leis e regulamentações para reduzir a desigualdade de gênero. Outros 35 introduziram leis que protegem mulheres do assédio sexual no trabalho. A África Subsaariana, região onde estão alguns dos países mais pobres do mundo, foi a região onde houve mais reformas do tipo nos últimos dez anos.
Outro dado positivo mostrado pelo relatório do Banco Mundial: 33 países começaram a ter licença-paternidade e 47 aprovaram leis ligadas a violência doméstica.
“Os dados mostram que as leis podem ser ferramentas para empoderar mulheres, em vez de nos impedir de atingir nosso potencial”, observa Kristalina Georgieva, presidente interina do Banco Mundial.