Terapia de anticorpos, esperança para tratamento da Covid

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Imagem de emmagrau - Pixabay
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Enquanto cientistas do mundo todo intensificam as pesquisas na busca de uma vacina contra o coronavírus, outros especialistas trabalham para encontrar um tratamento eficaz para a Covid-19, a doença provocada pelo vírus. Um estudo com a chamada “terapia de anticorpos” está sendo coordenado pelo cientista brasileiro Michel Nussenzweig, que trabalha na Universidade Rockefeller, em Nova York, e é um dos mais promissores para o tratamento da doença.

O cientista, conforme um estudo preliminar que foi publicado no portal BiorXiv, analisou o sangue de 68 pacientes recuperados da Covid-19 para encontrar material contra o novo coronavírus. Em menos de um mês ele e sua equipe conseguiram isolar os primeiros anticorpos, que serão usados em testes com seres humanos entre junho e setembro.

“Esses anticorpos que conseguimos clonar são extremamente potentes e podem vir a ser usados de duas maneiras. Uma é como terapia para eliminar o vírus em pessoas muito doentes; a outra é o uso em pessoas não infectadas para prevenir infecção”, explicou Nussenzweig em entrevista ao jornal O Globo.

Uma das vantagens dessa terapia é que seu desenvolvimento é mais rápido, ao contrário da vacina, que exige um trabalho mais rigoroso para testar não somente a eficácia, mas a segurança para os seres humanos de seu uso.

O imunologista Michel Nussenzweig lidera pesquisa para encontrar anticorpos contra o Covid. (Foto: The Rockefeller University/Divulgação
O imunologista Michel Nussenzweig lidera pesquisa para encontrar anticorpos contra o Covid. (Foto: The Rockefeller University/Divulgação

De acordo com o brasileiro, a ambição de produzir anticorpos contra Covid-19 em larga escala ainda depende da entrada de grandes empresas farmacêuticas nos projetos já existentes. Ele também alerta que países que têm interesse em usar esses anticorpos precisam checar se sua infraestrutura biotecnológica permite a produção em massa dessa classe de material. 

O Brasil, pelo que ele conhece, não tem. Mas, segundo Michel Nussenzweig, não se trata de algo muito sofisticado e é possível se organizar para ter.

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Estudo similar ao que vem sendo feito pelo brasileiro está sendo feito também por cientistas da Universidade de Pequim. O laboratório da universidade já realizou o teste com os anticorpos em 60 camundongos e os resultados foram muito promissores, segundo os especialistas, criando esperanças de encontrar um tratamento para a covid que seja comprovadamente eficaz.

Com jornal O Globo

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