Circo transforma pitbulls maltratadas em artistas

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Pitbulls são atração em Chicago
Rosie Rae em seu ato no circo | Foto: Alexandre Galliez/Handout

Um circo de Chicago resolveu mudar a a sua programação. Claro, ainda há palhaços, acrobatas e equilibristas, mas, em vez dos elefantes, o público pode apreciar pitbulls. Sim, a raça tradicionalmente associada a ataques violentos é parte essencial do espetáculo.

E antes que surjam críticas contra a exploração dos animais, o Midnight Circus fez um trabalho de resgate desses animais, domesticou e treinou para que eles não encarnassem a versão violenta. Mais. Junebug e Rosie Rae, os nomes das duas pitbulls, estavam sofrendo e agora fazem parte da equipe do circo, sem mau-tratos.

A história começou com o casal que é dono do circo, Jeff e Junie Junkies, ambos ativistas na luta por cuidados aos animais. Eles criaram o Midnight em 2007 para se apresentarem nos parques de Chicago, além de atuar também como protetores dos bichanos e incentivadores da boa relação com os humanos.

Cadelas tinham histórico de maus-tratos

Os filhos do casal encontraram Rosie no centro de proteção de animais de Chicago, uma das organizações que têm o apoio dos Jenkins — eles atuam em pelo mais três instituições que protegem os animais como voluntários. A cadela estava abandonada depois de ter sofrido muito.

Ela latia em excessp, apresentava sinais de selvageria e claramente era uma cadela que não tinha sido socializada nem treinada.

Já Junebug chegou ao circo por meio de um estudante das aulas de treinamento de animais que Jenkins dá na sua comunidade. A cadela não estava sendo bem tratada e foi acolhida pelo circo.

Hoje, são dóceis e carinhosas e fazem parte da família do circo. São verdadeiras artistas, que demonstram felicidade no que fazem.

Junebug e Rosie Rae aparecem no ato final da apresentação e surpreendem a plateia. Junebug atua como atriz e Rosie faz papel de acrobata.

Junebug e Jeff Junkies após apresentação no Midnight Circus

Pitbulls ajudam a socializar comunidade

Jeff e Junie começaram a se interessar por pitbulls porque essa raça é muito usada em lutas de cães, uma atividade que maltrata os animais e os deixa mais violentos. Então, o casal se compromete a domesticar os bichos e ajudar seus donos a entender os cães.

Além de se apresentarem no circo, as duas pitbulls também visitam prisões, com o objetivo de construir pontes entre os internos, além de iniciar conversas sobre o tratamento dado a cães de resgate.

“Os cães são ótimos terapeutas porque são incrivelmente fiéis e eles te amam incondicionalmente, o que é uma ótima lição para nós”, disse Jenkins ao jornal Chicago Tribune.

O casal também se preocupa com a comunidade. Além de orientar os donos de cães, Jeff e Junie doam todo o valor arrecadado com ingressos parques onde o circo se apresenta. Já foi repassado quase U$ 1 milhão às administrações.

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