Brasil vai testar soro para a Covid-19 em seres humanos

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Butantan vai iniciar nos próximos dias testes em humano de um novo soro contra Covid-19. Foto -  Mateus Serrer/Comunicação Butantan/Agência Fapesp/Reprodução
Butantan vai iniciar nos próximos dias testes em humano de um novo soro contra Covid-19. Foto -  Mateus Serrer/Comunicação Butantan/Agência Fapesp/Reprodução

O Instituto Butantan vai iniciar os testes em humanos de um soro para tratamento da Covid-19. A autorização para o início dos testes foi concedida hoje (25-05) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O soro será testado em pacientes adultos recém-infectados pela doença. A expectativa é que o medicamento evite o agravamento dos casos.

O instituto já tem disponíveis 3 mil frascos do soro para dar início imediato aos testes em humanos. O soro é feito a partir de um vírus inativado por radiação, que é aplicado em cavalos. Posteriormente, o sangue dos animais é retirado, purificado por uma técnica que o Butantan utiliza há décadas e dele são extraídos anticorpos do tipo IgG.

O soro já foi testado em animais (ratos e coelhos) e os resultados foram muito positivos, segundo os pesquisadores. Após a sua utilização, os animais, infectados pelo vírus, apresentaram redução da carga viral e preservação da estrutura pulmonar.

Se os resultados dos testes em humanos confirmarem o que já foi verificado em animais, o Butantan acredita que o novo soro poderá estar disponível para aplicação em larga escala ainda este ano.

Os testes com o novo soro serão feitos pelo Butantan em parceria com o Hospital do Rim e Hipertensão e com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Técnicos do Butantan retiram sangue dos cavalos para separar plasma. Foto - Butantan - Divulgação
Técnicos do Butantan retiram sangue dos cavalos para separar plasma. Foto – Butantan

Covaxin

A Anvisa recebeu do Ministério da Saúde novo pedido de autorização para importar 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. O objetivo é reforçar o Programa Nacional de Imunização, uma vez que faltam vacinas para aplicar de forma mais ágil nos brasileiros. O imunizante indiano não tem aprovação da Anvisa, por enquanto, para uso emergencial.

A vacinação contra a Covid-19 avança lentamente no Brasil. Por enquanto, só receberam a primeira dose das vacinas que estão sendo aplicadas nos postos de saúde de todo o país (Coronavac, Oxford e Pfizer) cerca de 20% da população. Totalmente imunizados, com as duas doses, estão aproximadamente 10% dos brasileiros.

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